Renegociação da dÃvida de MT é aprovada pela Assembleia Legislativa
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Camila CecÃlio | Sefaz-MT
         A Assembleia Legislativa aprovou na manhã da quinta-feira (14.01), em segunda votação, a Mensagem nº 01/2016, que trata da renegociação de parte da dÃvida de Mato Grosso com a União, atualmente em pouco mais de R$ 7 bilhões. A medida trará, até 2027, economia de R$ 3,59 bilhões aos cofres públicos. Isso porque a nova lei altera o indexador e a taxa de juros de Estados e municÃpios nos contratos de empréstimo firmados com base na Lei 9.496/97.
          Antes, a correção das operações era feita com base no Ãndice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) com acréscimo de 6%. Com o Decreto Federal nº 8.616, de 29 de dezembro de 2015, o cálculo passa a ser feito a partir do Ãndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou da Taxa Selic – o que for menor – mais 4%.
       De acordo com o secretário adjunto do Tesouro Estadual, Carlos Rocha, dos R$ 7 bilhões da dÃvida pública, R$ 1,9 bilhão passou por revisão. Ao todo, 27% do estoque total foi afetado pela mudança no indexador. “O reflexo imediato da aprovação dessa lei é a redução do montante da dÃvida e a economia representativa de cerca de R$ 50 milhões ao longo deste anoâ€, afirma Rocha.
         Ressalta, ainda, que a redução de dois pontos percentuais é a maior economia que o Estado terá, já que, segundo o secretário, o indicador é só uma atualização do valor e o benefÃcio é decorrente da redução dos juros, além da opção de escolher o melhor indexador.
A Coordenadoria de Gestão da DÃvida Pública da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso utilizou dois parâmetros para verificar a economia que a mudança do indexador proporcionará aos cofres públicos. Para o montante pago, foi utilizado o valor repassado à União, de acordo com o Balanço Geral do Estado (BGE) dos anos de 2013 a 2015, e calculado com o IGP-DI atual, publicado pela Fundação Getúlio Vargas, assim como o IPCA disponibilizado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e EstatÃstica.Â
Para os valores projetados de 2016 a 2027 foram usados os percentuais do relatório de expectativa de mercado Focus, do Banco Central.