MAIS UMA VEZ: direção do PSDB pede a extinção do PT em representação na Procuradoria-Geral Eleitoral
Tucanos anunciaram que o partido vai pedir uma investigação sobre a suspeitas do PT ter recebido dinheiro do exterior
Rua Matos/Blogdoantero
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        Não é a primeira vez que a direção nacional do PSDB pede a extinção do Partido dos Trabalhadores (PT), no entanto, a briga promete. Em denúncia encaminhada à Procuradoria-Geral Eleitoral, o partido cita as informações dadas em delação premiada pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmando que numa compra de petróleo de Angola no valor de R$ 300 milhões, R$ 50 milhões foram para a campanha de reeleição de Lula, em 2006.
      No pedido, o PSDB argumenta usando o artigo da Constituição e da Lei de Partidos PolÃticos que proÃbe as legendas de receber qualquer valor do exterior.
     Os tucanos pediram o cancelamento da inscrição do PT e a consequente extinção da sigla, mas precisa ser aceito pelo Ministério Público, que é o responsável por oferecer a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
      Em outubro de 2014, o PSDB fez pedido idêntico. Naquela ocasião, formulou a ação com base no esquema de corrupção revelado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Na ação, os tucanos se valeram de um trecho do depoimento de Youssef, publicado na revista Veja que circulou no dia 24 de outubro de 2014. Em um dos trechos de Veja, o doleiro afirmava que “a presidente da República Dilma Rousseff e o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupçãoâ€.
     “Infelizmente, até agora a única manifestação do PT foi pela censura. Foi pela retirada de circulação da maior revista nacional. Essa não é, certamente, a resposta que os brasileiros aguardam, e o TSE negou provimento a essa solicitação do PT. Não se trata de impedir a divulgação. O que o Brasil aguarda são esclarecimentos cabais e definitivos a partir dessas informações e dessas acusações. Essa é a declaração que eu tinha que fazerâ€, lamentou Aécio, em nota oficial do partido durante a campanha presidencial de 2014.
 O DELATOR
    Nestor Cerveró, que é réu em processos da Operação ‘Lava Jato’, está preso desde janeiro de 2015. Já foi, inclusive, condenado a 5 anos de prisão por lavar dinheiro de propina da Petrobras na compra de apartamento de luxo no Rio de Janeiro.
       A cobertura foi avaliada em R$ 7,5 milhões e fica em um prédio em Ipanema, no Rio de Janeiro. Ela foi comprada pela Jolmey do Brasil, subsidiária da Jolmey do Uruguai, e alugada a Nestor Cerveró por um valor abaixo do mercado.
       Desde então, o ex-diretor da estatal tem denunciado em delação premiada membros do governo federal, do Legislativo e diretores de empresas privadas.