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Empresários negam ter vendido ao Legislativo Estadual e acreditam que notas foram falsificadas

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      Investigação já ponta que notas fiscais teriam sido fraudadas para dar “ar” de legalidade ao esquema

Sílvia Devaux/Blogdoantero

josé riva

              Proprietários de empresas consideradas de pequeno porte, as primeiras testemunhas que prestaram depoimento, nesta segunda-feira (15) na 7ª Vara Criminal do Fórum de Cuiabá a respeito do processo que resultou das operações Metástase e Célula Mãe negaram ter qualquer relação comercial com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

               As operações deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto pelo Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Civil e Polícia Militar em setembro de 2015 apuraram o desvio de mais de R$ 2 milhões da verba de “suprimento de fundo” no Legislativo no período de 2011 a 2014 que era comandado pelo ex-deputado estadual José Riva, principal réu da ação.

                  No decorrer da investigação foi descoberto que notas fiscais teriam sido fraudadas para dar “ar” de legalidade ao esquema.  À época, Márcio Greike da Silva, Maria Taques da Silva, Eder Matos de Moura, João Pereira Santos, Alaíde Lourdes Pereira Xavier e Carlos Heinz Klein garantiram ao MP que não forneceram bens ou serviços ao Legislativo.

          Depoimento que fora ratificado nesta segunda à juíza Selma Arruda, que preside à ação na 7ª Vara. O proprietário da América Papelaria e Informática Ltda ME, Márcio Greike da Silva, que teria emitido oito notas totalizando R$ 32 mil, relatou em depoimento que tais notas têm numerações adulteradas e que nunca conheceu qualquer um dos acusados. “Nunca fiz venda para a Assembleia”, declarou.

              O sócio-proprietário da da DS Papelaria Ltda-ME, Eder Matos de Moura, revelou que jamais participou de licitações da AL e também não tem qualquer tipo de relação com os réus. Ele apenas já realizou vendas de valores baixo, de até R$ 600, ao deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM). Para o empresário, alguém só pode ter falsificado os dados as notas apreendidas.

              Alaíde, que é ex-proprietária da Papelaria Criativa, e teria emitido notas de R$ 64 mil supostamente para o gabinete do então deputado Riva se disse horrorizada. “Espero ouvir aqui a resposta de quem fez isso e como foi feito”.

              Também são réus na ação os assessores de gabinete Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo, Geraldo Lauro, Marisol Castro Sodré e Hilton Carlos da Costa Campos, sendo esses dois úlitmos delatores no processo.