A oposição no reencontro nacional
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       A oposição no reencontro nacional A presidente Dilma Rousseff foi reeleita com a mais apertada margem de votos de todas as eleições pós-redemocratização. E parece ter entendido o recado. Tanto que, no seu discurso inicial, propõe um grande pacto com a sociedade e seus diferentes segmentos, inclusive o empresariado, hoje descontente. O aperto eleitoral torna menos “imperial†a figura do governante e o leva a dialogar e buscar o entendimento com a Nação.
           O povo já fez a sua parte. Agora se espera que Dilma, seu governo e as forças da sociedade, façam a sua. É a oportunidade de mudar tudo aquilo que não serve ao Brasil. A reforma polÃtica que deve ser proposta precisa ser ampla, geral e irrestrita. É bom que comece já pela montagem da equipe do novo governo, através da escolha de quadros de reconhecida competência e perfil para as posições, e não pelo inchaço e loteamento de ministérios para atender ao apetite de pessoas e grupos em troca da formação da fisiológica base de sustentação.
           Todas as grandes transformações dependerão do trabalho sério da oposição, que tem de ser um grupo comprometido com os interesses nacionais, sem, jamais, atuar com revanchismo ou movido pelo interesse próprio ou disposto a vender seu apoio ao governo em troca de benesses. O povo precisa acompanhar, sugerir e fiscalizar o trabalho dessa oposição.
           O financiamento das campanhas e a vida dos partidos polÃticos têm de passar por completa reengenharia para daà sobrar um formato onde candidatos e instituições não tenham de recorrer à corrupção e a outros maus hábitos econômicos. O combate à corrupção tem de ser exemplar e explÃcito e ter as penas agravadas como forma de desencorajar esse tipo de delinquência. Na Economia há que se encontrar a melhor forma de parceria entre o governo e as forças produtivas para que daà se possa promover o encontro cada vez mais efetivo e complementar entre o capital e o trabalho, sem que um tente subjugar ao outro.
              Há que se ouvir os reclamos da sociedade, inclusive dos movimentos sociais, mas não permitir que forças estranhas ou puramente ideológicas roubem as bandeiras e continuem tentando produzir o caos com o confesso objetivo de, com isso, derrubar o regime. Na Segurança Pública é preciso, além de investimento, a mudança de estratégias para que o povo possa voltar a viver com tranqüilidade. Somos um grande paÃs, com potencial inigualável.
           Mas precisamos redefinir questões polÃticas, econômicas e sociais. Infelizmente, nas últimas décadas, confundiu-se democracia com o desmonte e o enfraquecimento do Estado. Precisamos rever os enganos cometidos para, sem qualquer caça à s bruxas ou revanchismo, nos colocarmos no caminho do progresso conjugado com o bem-estar social…
          Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) aspomilpm@terra.com.br