segunda-feira, 27/01/2025
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Jovem representa MT no Conanda e atua em prol de políticas para os jovens

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Militante destaca trabalho do Estado e pede: “criança e adolescente tem que ser prioridade”

Priscilla Vilela | Setas-MT 

                  Protagonista da própria história é a transformação que Djeison Rique, de 18 anos, quer trazer para os jovens que atuam em prol dos direitos da criança e do adolescente em Mato Grosso. Representante do Estado na Conferência Nacional da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), ele fala da atuação do Governo do Estado na causa e destaca que a criança e adolescente têm que ser prioridade absoluta.

                     Rique, como gosta de ser chamado, começou sua atuação em Lucas do Rio Verde, ainda no ensino médio e foi alçando voos maiores. Atualmente, ele representa os jovens da região Centro-Oeste na Conferência Nacional dos Direitos Humanos, que será realizada em Brasília. Ele avalia que Mato Grosso está na atual gestão tirando o discurso de luta pela melhoria da qualidade de vida da criança e do adolescente do papel e tornando-a uma realidade.

                    Como ponto de referência para atuação do Executivo, ele aponta a criação do Conselho da Juventude (Conjuv) sancionado neste ano e que será  coordenado pela Setas. O Conjuv, afirma, foi um “marco memorável”, e que demonstra que o governador Pedro Taques e o titular da Setas, Valdiney de Arruda, estão criando as ferramentas para que o jovem consiga ser de fato, protagonista. “Vejo que está havendo o interesse na transformação. O que houve, a criação do Conjuv, já foi um marco memorável”, reafirmou.

                   Porém, ele pede que o Estado crie outras ferramentas para que os jovens tenham acesso às formas de exercício em lutas e conquistas de melhorias nas políticas públicas. Isso porque, explica, ele mesmo no período em que esteve na escola, nunca recebeu a informação de que podia se tornar um delegado para trabalhar junto ao Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca). A falta de instrução, afirma, acarreta na perda do papel que o jovem pode ocupar.

                      “O Estado tem que criar um canal para que esses jovens saibam que eles tem esse poder em suas mãos. Enquanto eu estive na escola, nunca um professor me falou que eu podia, por exemplo, ocupar um lugar no conselho. O jovem tem o interesse em participar, em criar, mas isso precisa ser fomentado e incentivado. Os direitos que nós temos hoje foram conquistados por memoráveis adultos, mas hoje nós temos o espaço para conquistar coisas também. É preciso que sejamos realmente os protagonistas”, ressaltou.

                  Grupos considerados como “minorias”, como quilombolas, jovens em conflito com a lei, indígenas e LGBT, segundo Rique, também precisam ser envolvidos de forma mais real nas representações de conselhos. Os grupos denominados por ele de “invisibilizados”, ainda não possuem sequer o direito básico da vida. Esse debate, enfatiza, precisa ser ampliado. “Tem muitos gays que morrem só pela orientação sexual e o quilombola não tem acesso à educação. É preciso mudar”, disse.

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