Número de mortos em forte terremoto no Equador passa de 230, segundo presidente

                           De acordo como presidente Rafael Correa, o número de mortos no Equador, após um poderoso terremoto de 7,8 graus atingir a costa central do país no sábado (16), subiu para 233. Correa usou as redes sociais para divulgar a informação neste domingo (17). Os primeiros números da tragédia eram de 77 vítimas fatais.  

“Número oficial de mortos sobe para 233. Bairro de Tarqui Manta muito afetado. Pedernales destruído. Vice-presidente vai para Portoviejo [uma das cidades atingidas]”, escreveu o presidente no Twitter. 

Cifra oficial de fallecidos sube a 233. Barrio Tarqui de Manta muy afectado. Pedernales destruido. Vicepresidente se dirige a Portoviejo…

— Rafael Correa (@MashiRafael) 17 de abril de 2016

                 Correa, que estava no Vaticano depois de participar de uma conferência papal, também pediu aos equatorianos para que mostrem força, enquanto as autoridades monitorem as ocorrências. Ele viaja de volta ao país e afirma que vai aterrissar diretamente em Manta, perto do epicentro do tremor, às 18h30 do horário local (20h30 no horário de Brasília).

                   O Serviço Geológico dos EUA disse que o tremor, o mais forte em décadas registrado no Equador, teve seu epicentro 27 quilômetros ao sul-sudeste de Muisne, em uma área pouco povoada com portos de pesca que é popular entre os turistas. Entretanto, os tremores se espalharam e levaram pânico inclusive à capital Quito, com o desabamento de casas e tremores sentidos em edifícios. Até a madrugada, eram menos 588 pessoas feridas.

Primeiros mortos

                 O vice-presidente Jorge Glas disse, em um discurso televisionado que houve relatos iniciais de 28 mortos nas cidades de Manta, Portoviejo e Guayaquil. Entre os mortos estava o motorista de um carro esmagado por um viaduto que cedeu em Guayaquil, a cidade mais populosa que fica a centenas de quilômetros do epicentro.

                  Em mídias sociais, residentes compartilharam fotos de casas que desmoronaram, além do desabamento do telhado de um centro comercial e prateleiras dos supermercados tremendo violentamente. Em Manta, o aeroporto foi fechado após a torre de controle sofrer danos graves.

                      O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico alertou que ondas de tsunami perigosas poderiam aparecer em algumas costas. O governo não tinha emitido um alerta, mas Glas pediu aos moradores ao longo da costa para se deslocarem para um local superior, e cidades perto do epicentro também estavam sendo evacuadas como medida de precaução. Uma emergência havia sido declarada em seis províncias, disse ele. “É muito importante que os equatorianos mantenham a calma durante esta emergência”, disse Glas.

                  Na capital, o tremor foi sentido por cerca de 40 segundos e as pessoas fugiram para as ruas com medo. Quito fica a cerca de 170 quilômetros do epicentro do terremoto. O tremor provocou o corte da eletricidade e a queda da cobertura de celular em vários bairros da capital.

                   “Eu estou em um estado de pânico”, disse Zoila Villena, um dos muitos moradores de Quito que se reuniram nas ruas. “Meu prédio mudou muito e as coisas caíram no chão. Lotes de vizinhos estavam gritando e crianças chorando”.

                         O USGS colocou originalmente o terremoto a uma magnitude de 7,4, mas em seguida, a elevou para 7,8. O tremor foi sentido a uma profundidade de 19 quilômetros. Vários tremores secundários, alguns que chegaram a 5,6 graus, continuaram na primeira hora após o tremor principal, que ocorreu ao anoitecer. O aeroporto internacional de Guayaquil também foi fechado por conta de falta de comunicação.