
Marcio Camilo
Seduc/Sael-MT
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      Os Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso vão deixar saudades para muita gente. Foram 10 etapas regionais e três estaduais que mobilizarem milhares de estudantes, entre 12 e 17 anos. A competição alcançou 87% do território mato-grossense. Significa dizer que 123, dos 141 municÃpios do Estado, participaram da competição.
           Os jogos começaram em abril e terminaram no último dia 4 de agosto. Nesses quatro meses de competição, foram mobilizados 9.875 estudantes/atletas de 301 escolas do Estado, entre estaduais, municipais, federais e particulares. Cerca de 80 mil pessoas acompanharam o evento, durante as 10 etapas regionais.
           Na avaliação do secretário Adjunto de Esporte e Lazer, Pedro Luiz Sinohora, os jogos, mais uma vez, cumpriram com o seu papel social. “Os jovens ficam o ano inteiro envolvidos nessa competição e, dessa forma, eles não têm tempo para mexer com coisas erradasâ€, destacou o gestor. Â
         Sobre a evolução do evento, ele ressaltou a questão disciplinar dos treinadores das equipes e também o nÃvel técnico dos árbitros, que melhorou muito em relação ao ano passado. “Quase não houve ocorrência de treinadores batendo boca com os árbitros durante as partidasâ€, citou
 Sinohara também acrescentou que todo material esportivo dos jogos (redes e as bolas das modalidades), comprados pela secretaria, são doados aos municÃpios que sediam as etapas regionais e estaduais da competição.
      Já o coordenador geral dos jogos, Manoel da Fonseca, observou que a nova formatação da competição fez com que mais municÃpios participassem do evento, em relação ao ano passado.
     O nova formato, enfatizou Fonseca, também unifica as principais competições do desporto escolar, que são os Jogos Escolares e os Jogos Estudantis de Seleções Municipais. “Agora, classificam para o estudantil de seleções, as equipes que alcançarem até a sexta colocação nos jogos escolares. Isso cria uma conexão entre os eventosâ€, reforçou.
O escolar 2016 com certeza vai ficar na memória do estudante de Araputanga, Gyliardson Pereira, de 17 anos. Na etapa regional, sediada em Cáceres, ele foi campeão de vôlei e eleito o melhor atacante da competição.
E os feitos do garoto não pararam por aÃ. No atletismo ele conquistou a primeiro lugar no lançamento de dardo e no salto triplo. No dardo ele alcançou a marca de 50,60 metros. E no salto triplo a marca foi de 17,72 metros.
        As conquistas no vôlei e no atletismo renderam a Pereira o tÃtulo de melhor atleta dos Jogos Escolares do ano. Mas para, além disso, o menino destacou que a competição serviu para fazer grandes amizades e conhecer lugares novos. “Estou um pouco triste porque esse é o meu último ano. E tão bom sair com a galera, viajar, sentir a adrenalina do jogo, a vibração da torcida. Com certeza, os Jogos Escolares transformaram a minha vidaâ€, declarou o Pereira.
      Agora, os atletas e as equipes campeãs do escolar de Mato Grosso vão representar o Estado na etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude, que nesse ano ocorre na cidade de João Pessoa (PA), nos meses de setembro e novembro.
NÃvel técnico
No aspecto técnico também houve avanços. Segundo o secretário dos jogos, Alexandre EspÃndola, em 2016 despontaram novos times em modalidades até então dominadas por poucos.
No handebol, por exemplo, os municÃpios de Nobres e Ipiranga do Norte se destacaram no handebol ao lado de Sorriso e Campo Verde, que já são cidades com tradição nessa modaldade.
No futsal, equipes, até então favoritas, ficaram nas semifinais e surgiram outros times também de muita qualidade. “É muito importante que várias equipes briguem pelo tÃtulo, em todas as modalidades, pois isso eleva o nÃvel técnico na competição. Os times campeões também ficam mais preparados para encarar a fase nacional do escolarâ€, salientou EspÃndola.
Novidades
     Neste ano, a grande novidade dos jogos foi o incentivo a prática de esportes envolvendo pessoas com deficiência. Nas 10 regionais, os estudantes e os professores de Educação FÃsica tiveram a oportunidade de conhecer modalidades paralÃmpicas, por meio de cursos e vivências.
    Os cursos foram proferidos por profissionais designados pelo Comitê ParalÃmpico Brasileiro (CPB). Em Sinop os professores fizeram capacitação de bocha paralÃmpica com Arthur Cruz – membro do Comitê Organizador das ParalimpÃadas do Rio de Janeiro 2016, sendo uma das maiores autoridades do esporte no paÃs.
Os estudantes também foram envolvidos no processo e participaram de vivências em modalidades paralÃmpicas. Eles praticaram, de olhos vendados, modalidades como o goalball, o judô e o futebol de 5.
Essas ações foram desenvolvidas pela Superintendência de PolÃticas Esportivas Especiais da Secretaria de Educação Esporte e Lazer (Seduc-MT). Na avaliação de um dos coordenadores do órgão Luiz Tamba, o projeto é importante, pois cria uma noção de respeito e valorização à s pessoas com deficiência. “E o mais importante é que o governo do estado abraçou essa causa e estabeleceu essa polÃtica, de inclusão, como uma das principais metas da gestãoâ€, comemora Tamba.Â







