sexta-feira, 24/01/2025
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Policial morre após ser alvo de tiros em protesto na Venezuela

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Oposição diz que 120 ficaram feridos em protestos contra Maduro.  ONG diz 39 pessoas foram presas.

 

 Do G1, em São Paulo

             Um policial venezuelano morreu após ser alvo de tiros durante um protesto da oposição na noite de quarta-feira (27), afirmou o ministro do Interior do governo socialista da Venezuela, Néstor Reverol. Outros dois agentes ficaram feridos. 

       Néstor Reverol. Outros dois agentes ficaram feridos.

    Manifestações contra o governo de Nicolás Maduro aconteceram nas principais cidades do país. A ONG Foro Penal afirmou que 39 pessoas foram presas e ao menos 20 ficaram feridas

 

CRISE NA VENEZUELA
País enfrenta protestos e escassez

              O líder de oposição Henrique Capriles afirmou que 120 pessoas ficaram feridas, segundo a Reuters.

         Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal, reportou no Twitter que as detenções ocorreram em cinco dos 24 estados do país, a maioria em Sucre, enquanto entre os 20 feridos, três foram baleados em Maracaibo, capital do estado de Zulia (noroeste).

                 “Reporte (da) Foro Penal sobre detidos por manifestação: Miranda 6, Sucre 21, Guárico 5, Nueva Esparta 4, Táchira 3”, escreveu Romero em sua conta na rede social, após um dia de manifestações multitudinárias.

Tensão política
A Venezuela vive um momento de alta tensão política após a suspensão, pelo poder eleitoral, do processo liderado pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) para submeter Maduro a um referendo revogatório de seu mandato, que termina em 2019.

Manifestantes enfrentam a polícia nesta quarta-feira (26) em San Cristobal durante protesto pela realização do referendo que pode tirar o presidente Nicolás Maduro do poder (Foto: REUTERS/Carlos Eduardo Ramirez)Manifestantes enfrentam a polícia nesta quarta-feira (26) em San Cristobal durante protesto pela realização do referendo que pode tirar o presidente Nicolás Maduro do poder (Foto: REUTERS/Carlos Eduardo Ramirez)

                  A partir da decisão do poder eleitoral, o Parlamento, que tem maioria opositora, aprovou no domingo uma resolução que considera o freio ao referendo o auge de um “golpe de Estado” do governo. Na sessão, que foi interrompida por manifestantes pró-governo, os parlamentares também anunciaram que formalizarão uma denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra os juízes regionais e os reitores do Conselho Nacional Eleitoral, classificados como os “responsáveis” pela suspensão do processo.

Nesta terça, o Parlamento aprovou a abertura de um julgamento sobre a responsabilidade política do Nicolás Maduro, o que o presidente classificou como “golpe parlamentar”. O Parlamento não tem o poder de promover um julgamento que leve à destituição do chefe de Estado, mas dependendo de seu veredito pode pedir esse tipo de julgamento aos organismos correspondentes.

Manifestantes anti-Maduro em protesto nesta quarta, em Caracas (Foto: Carlos Garcia Rawlins/AFP)Manifestantes anti-Maduro em protesto nesta quarta, em Caracas (Foto: Carlos Garcia Rawlins/AFP)

Dirigentes da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciaram nesta quarta que o Parlamento declarará Maduro em “abandono do cargo”, ao mesmo tempo em que convocou uma marcha até o palácio presidencial de Miraflores para o próximo 3 de novembro e uma greve geral para a sexta-feira (28).

Diálogo
Maduro chegou à Venezuela nesta terça após uma viagem por países produtores de petróleo no Oriente Médio que teve por objetivo impulsionar um acordo para estabilizar os mercados de petróleo. Após a visita aos países do Oriente Médio, Maduro passou nesta segunda pelo Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Francisco, que instou “ao diálogo sincero e construtivo” entre o governo de Maduro e a oposição.

“Eu trago a benção do mundo para a Venezuela”, afirmou ele numa cerimônia no aeroporto. “No mundo, eles admiram a nossa batalha pela verdade, dignidade e independência.”

Após a visita de Maduro ao Papa, foi anunciado na Venezuela que governo e oposição se reunirão no próximo final de semana para tentar encerrar o impasse político vivido pelo país.

Os dois lados vão se encontrar na ilha caribenha de Margarita no domingo, sob mediação do Vaticano, da Unasul e de três ex-chefes de Estado.

Grupo de pessoas tomam uma estrada durante um protesto contra o presidente Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela (Foto: Ariana Cubillos/AP)Grupo de pessoas toma uma estrada durante um protesto contra o presidente Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela (Foto: Ariana Cubillos/AP)

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