quinta-feira, 21/11/2024
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SUS passa a vacinar gestantes contra coqueluche

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LABORATÓRIO S JOSÉ

 

ANDERSON ACENDINO

Assessoria SES/MT

 

                   Visando diminuir a incidência e mortalidade causada pela coqueluche entre os recém-nascidos o Sistema Único de Saúde (SUS), passa a oferecer a partir do mês de novembro a vacina contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa) que fará parte do Calendário Nacional de Vacinação. Em Mato Grosso a vacina já esta disponível em todos os Postos de Saúde dos municípios. Dados apontam que em 2014, Mato Grosso notificou ate o mês de outubro,59 casos de coqueluche.

              No ano de 2013 foram 87 casos e em 2012 foram notificados 23 casos da doença. Para o Estado de Mato Grosso, foram disponibilizados 19.500 doses para os próximos três meses, uma vez que a distribuição acontece de forma trimestral, a meta é vacinar 2 mil gestantes ao mês. Segundo a gerente de vigilância epidemiológica da SES, Valéria Cristina da Silva a inserção dessa vacina no Calendário Nacional de Vacinação tem como objetivo diminuir a incidência e mortalidade por coqueluche nos recém-nascidos, uma vez que a doença é cada vez mais relatada em crianças.

             “A vacina vai oferecer proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida (passagem de anticorpos maternos por via transplacentária para o feto) quando a criança ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal, portanto é de suma importância as mulheres grávidas estarem se vacinando”, disse ela.

            A vacina é indicada para gestantes a partir da vigésima sétima semana (27ª) a trigésima sexta (36ª) semana de gestação, podendo ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto. COQUELUCHE – A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Suas principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras. O número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1.500 casos na década de 2000.

            No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de seis meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença. A proteção das crianças para coqueluche é feita com três doses da vacina Pentavalente (DTP, hepatite B e HiB), aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Aos 15 meses e aos quatro anos a criança recebe o reforço com a vacina DTP. Entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos em menores de três meses, 35% de todos os casos do país neste período, que foram 14.128.

              Essa faixa-etária é ainda mais afetada em relação aos óbitos. No período, foram 204 óbitos, o que representa 81% do total nacional, que foi de 252 mortes. A vacinação com a dTpa soma-se a outras medidas já adotadas pelo Ministério da Saúde para reduzir a incidência e mortalidade por coqueluche, entre elas, a revisão do protocolo de tratamento e quimioprofilaxia, com recomendação de uso de antibióticos com mais eficácia, a adoção do tratamento com antibióticos para todas as gestantes no último mês de gestação ou puérperas, que tiveram contato com caso suspeito ou confirmado e apresentarem tosse por cinco dias ou mais, e dos recém-nascidos.

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