Estudantes de MT confeccionam bolsas com caixas de leite recicladas.
Turma criou miniempresa e já produziu cerca de 30 bolsas em Rondonópolis.
              Estudantes de uma escola da rede pública de ensino de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, montaram uma empresa fictÃcia para aprender sobre empreendedorismo, através de um programa desenvolvido pela associação Junior Achievement. Eles confeccionam bolsas a partir da reciclagem de caixas de leite. Além disso, a turma foi selecionada para representar o estado de Mato Grosso no próximo mês no Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador, em BrasÃlia. Cerca de 30 bolsas já foram produzidas.
                A miniempresa, chamada de Bag Milk, bolsa de leite, em português, simula todos os setores de uma empresa de verdade. “Nós observamos que eles tiveram uma melhora no comportamento, no envolvimento, nas disciplinas, no desenvolvimento da aprendizagem e no desenvolvimento de todas as atividades dentro da escolaâ€, comentou a coordenadora da escola, Ester Martins da Silva Viotto.
                Já Aline Rezende, de 15 anos, representa a chefe da empresa. Ela é encarregada de conferir se os produtos estão com o padrão de qualidade ideal e, caso não estejam, é ela quem deve chamar a atenção dos integrantes da empresa. “Eles fecham um pouco a cara, mas tem que entender que é o melhor para a nossa empresaâ€, ponderou. O estudante Carlos Eduardo Rodrigues, de 18 anos, é o responsável pela propaganda dos produtos. “Nós estamos com uma bolsa muito chique, feita de caixinha de leite, que ajuda o meio ambienteâ€, disse o garoto.
               Depois de colocar tudo na ponta do lápis, eles torcem para ter lucro. Se conseguirem, vão dividir entre si. E como toda empresa, eles também precisam pagam impostos. No caso deles, para a escola, onde está instalada a Bag Milk. As taxas do aluguel fictÃcio vão para uma caixinha, que depois deve ser encaminhada para instituições carentes. “O lucro financeiro é o que menos importa para a associação e para os empresários que mantêm esse projeto. O que nós buscamos é o lucro social, o aprendizado. No final, mesmo a minha empresa que teve prejuÃzo financeiro, o lucro social aconteceu e à s vezes ele até supera as nossas expectativasâ€, explicou a diretora executiva da associação, Sandra Viana.
           Para participar do projeto, os alunos precisam estar matriculados em uma escola. Mais de 20 mil estudantes já participaram do programa, que atua em Mato Grosso desde 2006. Joelson Oliveira foi um deles. Em 2009, ele cursava o ensino médio e fez parte do miniempresa, o que o ajuda hoje na função de auxiliar de controladoria. “Não me tornei um empreendedor de criar uma empresa, mas nós podemos nos tornar um empreendedor no local onde nós estamos, na nossa casa, na nossa famÃlia, no nosso trabalhoâ€, concluiu.