quinta-feira, 23/01/2025
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ESTELIONATO: Justiça interdita “hospital” espiritual no Norte do Estado

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CRIME CURANDERISMODivulgação

                   O Ministério Público instaurou um processo para apurar as informações sobre  práticas de “curas, consultas e cirurgias espirituais”, mediante cobrança de valores e ou “doação espontânea”, em um “hospital” espiritual, localizado no distrito de Piratininga, no município de Nova Ubiratã. Após o processo de apuração do Ministério Público aponta que a finalidade especifica dos requeridos (Flávio Ferreira Teixera, Sabino Maggioni e Hilário Bosin –Espólio)  de auferi lucros, pois quando dão preferência a pessoas com maior poder aquisitivo, chegando a receberem R$  17 mil por um procedimento. Segundo o Ministério Público, Flávio Ferreira Teixeira e Sabino Magioni atendem  pessoas, efetuam consultas,  prescrevem e ministram medicações sem nenhuma comprovação cientifica de resultados ou contra-indicações.

Ainda segundo o relatoria elaborado pelos agentes do GAECO, chaga-se a conclusão que Sabino e Flávio comandam o esquema para ludibriar as pessoas movidas por sua fé e  crenças. Segundo o Gaeco, os três alegam que vivem de doações, no entanto na recepção do “hospital” os “pacientes” são informados que o valor da consulta é de R$ 100. Quando do recebimento do valor, compelem as vitimas a assinarem em um caderno onde consta que o valor foi recebido como forma de “doação”.

           Ainda segundo o  Gaeco, são realizadas em média 200 consultas por dia, cada uma no valor de R$ 100. Assim somente no ano de 2016 teriam auferido um lucro de cerca de R$ 8 milhões, não estando  calculo o valor recebido através de cirurgias. Segundo o juiz da comarca de Nova Ubiratã que recebeu a denúncia do Ministério publico “Aduz que a prática realizada pelos requeridos se constitui em crimes, dentre os quais se destacam o de estelionato, curandeirismo, bem como exploram a ingenuidade, crença das pessoas simples, iludindo-as de que serão curadas e estão exercendo ilegalidade da medicina.”

                  Por fim a juiz concedeu uma liminar para determinar a interdição do estabelecimento, determinar que os réus se abstenha das práticas ilícitas, além de busca e apreensão de documentos, dinheiro em espécie, materiais utilizados nas atividades e qualquer outros elementos que sirvam de prova  e que seja decretada a quebra de sigilo bancário dos réus, bloqueio de bens e valores pertencentes aos requeridos.

                O “hospital” foi interditado e, pelo menos a residência de Sabino Maggioni foi efetuado o cumprimento de um mandado de apreensão, onde  foi encontrado também uma arma de fogo com munições.

* MTNoticias

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