
Ex-deputado confessou que recebeu propina e entregou deputados que teriam mentido em depoimentos.
LAICE SOUZA/blogdoantero
   Sem poupar ninguém, o ex-deputado estadual José Geraldo Riva afirmou que 31 deputados estaduais receberam propina dos governos Dante Martins de Oliveira e Blairo Maggi, no perÃodo de 1995 a 2010. Ele ainda revelou que o esquema de pagamento de propina teve inÃcio muito antes da gestão Dante. As afirmaram foram dadas a juÃza Selma Arruda, da Vara Especializada contra o Crime Organizado, na tarde desta sexta-feira (31).
     Os deputados citados por Riva são: Silval Barbosa, Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Dilceu Dalbosco, Campos Neto, Carlão Nascimento, Pedro Satélite, Renê Barbour, Zeca D’Ãvila, José Carlos de Freitas, Eliene Lima, Carlos Brito, Sebastião Rezende, Zé Domingos, Wallace Guimarães, Percival Muniz, Nataniel de Jesus, Humberto Bosaipo, João Malheiros, Gilmar Fabris, José Domingos, Wagner Ramos, Adalto de Freitas, Nilson Santos, Walter Rabello, Chica Nunes, Guilherme Maluf, Ademir Bruneto, Chico Galindo e Antônio Brito.
Ele confessou que as mesadas eram no valor que varia de R$ 15 a R$ 25 mil. Ainda de acordo com ele, apenas Ságuas Moraes, Zé do Pátio, Chico Daltro e Otaviano Pivetta não teriam participado do esquema, pois não eram da “bancada governista”. Ele chegou a revelar que Pivetta o teria avisado que quando tudo estourasse o único culpado seria ele e que “todos iriam abandoná-lo”. Ainda conforme ele, agora se “arrepende de verdade de tudo que fez”.
Ainda segundo o ex-deputado, que comandava a Assembleia, quanto a “Operação Imperador”, que investiga fraude na compra de material de expediente, no valor de R$ 62 milhões, nenhum deputado teria o “direito de falar mal” dele, pois todos que afirmaram em depoimento, que receberam o material estão mentindo.
O ex-deputado também confirmou que recebeu do empresário Elias Nassarden propina no valor de R$ 300 mil. E que todas as licitações vencidas por Nassarden foram fraudadas.
Ainda segundo ele, no ano de 2009, todo o dinheiro arrecadado pelo esquema foi para pagar a vaga do deputado estadual Sérgio Ricardo no cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado ao então conselheiro Alencar Soares. Um total de R$  2,5 milhões.
Ele citou ainda que “Silval, Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Edemar Adams, Luiz Márcio Pommot e Edemar”, além dele, eram as pessoas que efetuavam os pagamentos da mesada aos parlamentares.






