O vereador por Itanhangá (a 475 km de Cuiabá), Daniel Orzechovsk (PSC), teria afirmado em conversa com o vice-prefeito do municÃpio, Rui Schenkel, o Rui do Cerradão (PR), juntamente, com o empresário da região, Hélio Fachineli, que era preciso matar os assentados e testemunhas do caso Antônio Fonsenca e Dirceu Capeleto para resolver o “problema†de assentamentos na cidade. Daniel está no “segundo escalão” da organização criminosa suspeita de fraudar documentos para se apropriar de terras da União destinadas à reforma agrária. Rui e Fachineli estão na lista dos pedidos de prisão preventiva e entre os lÃderes do esquema.
              A informação está  no despacho do juiz federal de Diamantino, Fabio Henrique Moraes Fiorenza, que determinou a prisão preventiva do vereador. De acordo com o inquérito, a PolÃcia Federal diz que o vereador ameaçou também o sindicalista rural de Tapurah, José Ferreira da Silva. Zé Ferreira, como é conhecido, revela que ficou sabendo da ameaça numa conversa no escritório do advogado Nestor. Na ocasião, Daniel chegou ao local e admitiu que a ameaça de morte à s três pessoas (Antônio, Dirceu e Zé)
Vice-prefeito de Itanhangá Rui do Cerradão estaria entre os lÃderes do esquema criminoso para grilar terras da União
        Além disso, o parlamentar supostamente se aliava com sindicato rural e prefeitura para beneficiar as empresas Tulha e Fiagril, que tem como sócio-administrador o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Marino Franz (PSDB). O tucano, inclusive, seria o braço polÃtico e financeiro da organização criminosa.
Em depoimento ao MPF, Daniel confirmou que é beneficiário de 1 lote, sua irmã Alais Orzechovsk e o marido dela, José Sobrinho Oliniky – que está preso por associação ao tráfico de drogas – possuem um lote cada. Questionado acerca da concentração fundiária em nome de poucos fazendeiros e empresários, Daniel afirma que já ouviu boatos de que Élio Faquinello possui 44 lotes. Já em relação à s ameaças de morte, o vereador nega “alegando ser homem de bem, evangélico e vereadorâ€, diz trecho do documento.
Diante da apuração, o juiz federal vê indÃcios suficientes da participação de Daniel na organização criminosa pelos crimes de corrupção ativa, fraudes diversas, ameaças, além do crime de invasão de terras públicas. Por isso, a prisão preventiva foi decretada a fim de evitar que o investigado “prejudique instrução criminal destruindo ou extinguindo provas; bem como diante de disposição para realizar intimidações, ameaçando testemunhas ou outros integrantes da organização criminosa para não o comprometerâ€.
Trecho de depoimento prestado por Zé Ferreira, que diz ter sido ameado de morte pelos investigados
A reportagem do Rdnews entrou em contato com o vereador, mas a sua esposa quem atendeu e disse que ele não está preso. Ela afirma que Daniel está num curso em Cuiabá e esqueceu o celular na residência.
Rdnews/rufanobombo