CRIME PERFEITO? Um crime que parecia ser misterioso e muito difÃcil de investigar, na realidade tudo foi muito fácil, pois o matador confessou tudo
         A informação que a reportagem do Portal de NotÃcias 24 Horas News recebeu, sobre o “presente da casa” para uma pessoa que estava em Leverger há apenas 15 dias, foi compartilhada com a delegada AnaÃde Barros, da Delegacia de HomicÃdio e Proteção à Pessoa (DHPP). “Nós também já recebemos essa informação em forma de denúnciaâ€, afirmou a delegada AnaÃde.Â
          Foi a delegada AnaÃde que fez a liberação do corpo de Marchetti na noite de sete de julho deste ano, direto do local do crime, a Fazenda Marazul, localizada em Santo Antonio de Leverger (Baixada Cuiabana, a 25 quilômetros de Cuiabá), para o Instituto Médico Legal (IML).
         Logo em seguida ao crime, que aconteceu por volta das 20 horas de sete de julho deste ano, o assassino, o caseiro da famÃlia, foi preso em flagrante com muita facilidade e ainda confessou o crime, alegando que “matei porque ele (Marchetti) abusou da minha mulher, passando a mão nas nádegas delaâ€.
           A confissão fácil, em princÃpio, colocou um balde de água fria, inclusive nas investigações, pois o assassino deixou no ar as alegações de que era um homem honesto, trabalhador, e que matou em legÃtima defesa da honra. Ou seja, possivelmente, segundo analistas e especialistas em investigações criminais, o matador teria sido muito bem orientado antes do crime para falar o que falou, inclusive para confessar o crime .Â
          Só que, segundo ainda a reportagem investigou e a PolÃcia também confirmou, Marafon que já tinha passagens pela PolÃcia por crime de porte ilegal e arma de fogo, estava trabalhando na Fazenda Marazul a cerca de 15 dias. A facilidade da confissão e, principalmente o trabalhador possuir uma arma sem o conhecimento dos patrões, também chamou a atenção da PolÃcia.
         Na primeira audiência de instrução nesta quarta-feira, 26, antes do julgamento no Tribunal do Júri, até o promotor de Justiça Natanael Fiúza, que acompanha o caso do assassinato, afirmou categoricamente que “não estou seguro de que as provas apresentadas pela PolÃcia Civil indicam que o caso se trata de crime passionalâ€.
        Para o promotor de Justiça, as provas apresentadas pela PolÃcia Civil não garantem que o crime foi motivado por ciúmes que Marafon supostamente teria sentido de sua esposa. “As provas constantes no processo, para mim não são seguras o bastante para demonstrar que a razão foi passional. Não há elementos que provem o contrário, mas não podemos desconsiderar nadaâ€, afirmou.
          O planejamento da morte de Marchetti, peça chave nas investigações do “Escândalo dos Maquinários†envolvendo alta autoridades do Estado, teria sido realizado, justamente em cima da vida pregressa dele, com duas passagens pela PolÃcia por crime de estupro. Ou seja, o ex-secretário seria um “alvo fácilâ€. Fácil até de montar uma “peça†de teatro como álibi.
          Vilceu Marchetti estava sendo investigado no “Escândalo dos Maquináriosâ€, que foi a venda de mais de 1.000 veÃculos pesados: tratores e ônibus escolares de algumas empresas para o Governo de Mato Grosso, meses antes das eleições de 2010. A venda teria sido superfaturado com prejuÃzos de mais de R$ 44 milhões, que teriam sido devolvidos em forma de “propinaâ€.
               O caso saiu da esfera de Cuiabá. Ou seja, saiu da DHPP e foi transferido para a PolÃcia Civil de Santo Antonio de Leverger, onde as investigações após o flagrante lavrado em Cuiabá foram concluÃdas e enviadas à Justiça. A reportagem não conseguiu confirmar se essa denúncia sobre o “presente†da casa estava nos autos do processo criminal.