quinta-feira, 23/01/2025
Banner animado
InícioNotíciasJustiça e Você"Lanchonete e Pamonharia Portão do Inferno" terá sua estrutura demolida a...

“Lanchonete e Pamonharia Portão do Inferno” terá sua estrutura demolida a pedido da justiça

Banner animado

Por CRISTINA GOMES /MPMT

        O Ministério Público de Mato Grosso, por meio da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Chapada dos Guimarães, protocolou nesta segunda-feira (12.06) petição requerendo o cumprimento de sentença em ação civil pública onde já há ganho de causa em relação a demolição da ‘Lanchonete e Pamonharia Portão do Inferno’. Pelo descumprimento de decisões durante a ação, o MPE cobrará da empresa Tereza Cristina Mota-ME multa de aproximadamente R$ 1.140.000,00 (um milhão, cento e quarenta mil reais).

De acordo com o promotor de Justiça, a sentença transitou em julgado em dezembro do ano passado e, desde então, a antiga proprietária não cumpriu com a obrigação de demolir o que restou da antiga estrutura da pamonharia que foi utilizada durante anos sem nenhum tipo de regulamentação ou licença ambiental.

No pedido feito à Justiça, o Ministério Público solicita que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio realize o estudo da melhor forma de demolição da antiga construção e que o Município de Chapada dos Guimarães forneça a ajuda necessária com maquinário, ferramentas e pessoal para efetiva demolição. Todos os custos deverão ser repassados à empresa que explorava o local .

RESGATE DA HISTÓRIA: Em julho de 2010, o Ministério Público propôs ação civil pública, com pedido de antecipação de tutela, contra a empresa Tereza Cristina Mota ME, responsável pela Lanchonete e Pamonharia Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, para a retirada do empreendimento do local. A ação foi motivada pelo fato de que a área construída estava localizada às margens do paredão, em Área de Preservação Permanente (APP). Além disso, o estabelecimento funcionava de forma irregular, já que não possuía licença ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Na ação, o MPE alegou que o estabelecimento era bastante frequentado e, em função disso, muitos veículos estacionam no local. Existia, ainda, a visitação intensa de pedestres, que caminhavam pelo cenário e, literalmente, se debruçavam sobre a encosta para admirar a paisagem. “Ocorre que esse fluxo de pessoas e veículos, fomentado pela permanência do empreendimento está acelerando um processo natural de ruptura e desmoronamento dos paredões daquela região”, consta em um dos trechos da ação.

Na época O MPE se baseou no relato de professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que afirmaram: “os paredões da região são formados por rochas moles, formadas por areia mal acidentada e que facilmente sofrem rupturas e desmoronam. Esse processo natural é acelerado devido à presença do homem e vibração dos veículos que trafegam na Rodovia Emanuel Pinheiro, que passa bem próximo da borda dos paredões. Nós percebemos aqui vários blocos que já caíram e alguns desmoronamentos recentes”.

Não bastasse a localização em APP, o estabelecimento, que media cerca de 100 metros quadrados de área construída, não possuía licença ambiental e funcionava irregularmente em área do parque nacional, onde qualquer instalação de infra-estrutura deve se sujeitar a estudos de integração paisagística, aprovados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!
- Anúncio -
Banner animado

MAIS LIDAS

Comentários Recentes