quinta-feira, 21/11/2024
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Sequestro terrorista termina e duas pessoas são mortas em Austrália

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A polícia da Austrália identificou como Man Monis o homem armado que faz reféns nesta segunda-feira em uma cafeteria no centro financeiro de Sydney, informou a rede de televisão ABC

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Após invasão da polícia, paramédicos entram no café e transportam reféns para ambulâncias
Foto: Estadão Conteúdo

Sidney – Após mais de quinze horas de sequestro, a polícia confirmou o fim da operação no Café Lindt, em Sydney, na Austrália. As forças policiais interviram e conseguiram libertar os reféns do sequestrador em Sydney nesta segunda-feira (15).

De acordo com a mídia local, pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas na ação.

Segundo a TV australiana, sete pessoas foram retiradas do café em macas e cinco delas recebem atendimento médico. Dentre elas, uma seria um policial.

Após invasão da polícia, paramédicos entram no café e transportam reféns para ambulâncias.

Essa não é a primeira vez que a Austrália vive momentos detensão e medo. Em 1996, um atirador matou 33 pessoas em parque na Tasmânia. O caso é considerado o pior massacre da história do país da Oceania.

Uma brasileira, natural do estado de Goiás, estava entre os reféns. As informações são da família da jovem. O Itamaraty, no entanto, não confirma a informação da família.

Sequestrador é iraniano

A polícia da Austrália identificou como Man Monis o homem armado que faz reféns nesta segunda-feira em uma cafeteria no centro financeiro de Sydney, informou a rede de televisão ABC.

O suspeito nasceu no Irã com o nome de Manteghi Bourjerdi, se mudou para a Austrália em 1996 e adotou o nome de Man Haron Monis, segundo o canal 9News.

Considerado um clérigo muçulmano radical, ele participou de vários protestos no passado contra a presença de tropas australianas no Afeganistão e, embora tenha se declarado um ativista pacífico, foi condenado a 300 horas de serviço comunitário.

O caso
Um homem armado manteve um número ainda desconhecido de pessoas como reféns dentro de uma loja de chocolates em Sydney, na Austrália, nesta segunda-feira. No interior do estabelecimento, duas pessoas foram avistadas segurando uma bandeira contendo uma declaração de fé islâmica.

Quatro horas após o início do incidente, o Comissário da Polícia do Estado de New South Wales, Andrew Scipione, informou que a polícia ainda não havia feito contato direito com o homem armado, não sabia a sua motivação e nem podia confirmar quantas pessoas estavam sendo mantidas como reféns na loja.
“Ainda não confirmamos se esse é um evento relacionado com terrorismo, estamos lidando de acordo com o procedimento para uma situação de sequestro com um homem armado”, disse Scipione. As vítimas teriam sido sequestradas nesta manhã, quando pararam para tomar café da manhã na loj)a de chocolates.

Imagens de televisão feitas através da janela da loja mostraram diversas pessoas com os braços para cima e as mãos pressionadas contra o vidro e duas pessoas segurando o que parecia ser uma bandeira com inscrições islâmicas.

Zain Ali, diretor da Unidade de Pesquisa e Estudos Islâmicos da Universidade de Auckland, disse que era difícil ler a mensagem escrita na bandeira pois as imagens mostravam apenas parte dela. Mas o pesquisador acredita que se trata do Shahada, ou declaração de fé, em grande parte porque uma bandeira preta com inscrições em branco, em um contexto contemporâneo, muitas vezes contém esse tipo de mensagem.

Segundo Ali, o Shahada pode ser traduzido como “Não há outra divindade de adoração exceto Deus, e Maomé é o mensageiro de Deus”. A declaração é considerada o primeiro pilar dos cinco pilares da fé islâmica e tem sido usada por grupos radicais como Al-Qaeda e o Estado Islâmico.

O café onde ocorre a situação de sequestro está localizado na praça Martin, no coração do distrito financeiro e comercial da cidade, onde ficam o escritório do primeiro-ministro, o Banco da Reserva da Austrália e a sede dos dois maiores bancos do país. O Parlamento também está há poucas quadras do local. As ruas ao redor da área foram fechadas e as autoridades evacuaram os locais próximos ao café. (Com informações do R7 e Estadão Conteúdo)

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