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      Além disso, a AMM também decidiu cobrar do secretário-chefe da Casa Civil Max Russi uma espécie de cronograma de pagamento dos repasses em atraso e garantia de que os próximos serão feitos dentro do prazo. O posicionamento da associação já foi repassado ao secretário, em reunião realizada na noite de ontem.
       “Ficou definido que se caso [o cronograma] não for cumprido, entrarÃamos com o pedido de afastamento do governador. Já tivemos a reunião com o secretário. Ele recebeu a posição da AMM com naturalidade, pois é um direito dos municÃpiosâ€, diz Neurilan em entrevista ao RDTV.
       A apresentação da proposta do governo deve ser feita em uma nova reunião marcada para a próxima quarta (1º de novembro). A intenção, segundo o presidente, é que a partir de tal cronograma, Estado e MunicÃpios entrem em acordo para que os prefeitos consigam dar continuidade a suas gestões e que não seja necessário adotar medida tão extrema, como o pedido de impedimento de Taques.
        “Não queremos isso, mas não há outra saÃda se não for pela Justiça determinando o governo a pagar ou a gente pedir o impedimento (de Taques). O governador está cometendo um crime de improbidade administrativa ao não passar recursos previstos em lei, como a questão do ICMS, Fethab, Saúde, etc.â€, declara.
       Após acumular quase R$ 300 milhões de repasses em atraso, nesta semana, o Executivo completou o repasse de R$ 128,4 milhões da cota do ICMS e R$ 20 milhões do Fethab aos municÃpios. Restando os repasses de R$ 100 milhões para a saúde e cerca de R$ 30 milhões para transporte.
Ações
A AMM já buscou a Justiça para garantir o pagamento de repasses por parte do Executivo. Uma das ações cobra o pagamento de recursos para a área da saúde e outra o Fundo Estadual de Desenvolvimento Social de Mato Grosso (Funeds).
A terceira, referente ao repasse do ICMS e Fethab foi extinta pelo juiz Emerson Luis Pereira Cajango, da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá. O magistrado apontou ilegitimidade da AMM para propor a ação em nome das prefeituras associadas.
       Neurilan, no entanto, afirma que irá recorrer da decisão até a última instância. A associação leva em consideração uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2015, reconheceu a legitimidade da AMM em atuar na defesa das prefeituras e atendeu ao pedido para derrubar uma liminar que suspendeu o repasse do Fethab aos municÃpios.