Hoje, na América Latina, o PAM só está presente a pedido e pago pelos governos dos paÃses em causa para gerir o apoio à s cantinas escolares, enquanto na Ãsia “praticamente todos os paÃses são exportadores de comida”, adiantou.
“Em algumas zonas do globo tem havido uma evolução positiva, o nosso papel agora é replicar essa evolução positiva a outras partes do mundo, adaptando-a à realidade social” e tendo em consideração que “o clima está a mudar” e que “a economia mundial está a mudar”, disse Carlos Veloso.
O otimismo é necessário numa altura em que “o PAM e a comunidade humanitária” enfrentam cinco emergências de nÃvel três, “o mais alto” nÃvel de emergência, que significa que todos os recursos devem ser encaminhados para elas: SÃria, Iraque, Sudão do Sul, República Centro Africana e os três paÃses mais afetados pelo vÃrus Ébola (Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa).
“A maior parte das agências desenharam o seu sistema” para uma “resposta simultânea a três” emergências daquele nÃvel, assinalou o responsável do PAM, evocando a sobrecarga para os recursos humanos e financeiros dos organismos de ajuda internacional.
E a situação ainda pode piorar: “Estamos na época dos tufões nas Filipinas e na dos ciclones na Ãfrica Austral, quanto a vulcões e tremores de terra não há previsões”, disse.
Sendo a “única agência das Nações Unidas que é financiada voluntariamente a 100 por cento”, ou seja, não exige uma contribuição obrigatória, o PAM tem um orçamento financiado em 97 por cento pelos paÃses, o restante é doado por empresas ou particulares. Os fundos que recebe são em média “só 60 por cento” do que precisaria.
A “maior agência humanitária a lutar contra a fome em todo o mundo”, através da “assistência alimentar em emergências” e do trabalho pela melhoria do acesso aos alimentos e nutrição, o PAM ajudou em 2013 “mais de 80 milhões de pessoas em 75 paÃses”.
Por “detrás da comida há toda a logÃstica” e o PAM é “praticamente a agência de logÃstica das Nações Unidas”, servindo as demais organizações, referiu Carlos Veloso.
“Temos depósitos em todo o mundo (…) em questão de horas podemos por o que for necessário no sÃtio do problema. Somos capazes de montar um posto de comando imediatamente com telefones, com rádios, com tudo”, adiantou.
Uma das cerca de 11.500 pessoas que trabalham para o PAM, Carlos Veloso lembrou que “comer é um direito”, lamentando embora que para muitos no mundo seja ainda “um privilégio”.
A ONU estima em 805 milhões (um em cada nove) o número de pessoas em todo o mundo que têm uma alimentação insuficiente para serem saudáveis e terem uma vida ativa, apontando a fome e a subnutrição como o maior risco para a saúde a nÃvel mundial.
http://noticias.terra.com.br/
Postada por JL Pindado Verdugo