Direito de imagem NASA/GETTY IMAGImage captionFuracão Florence visto da Estação Espacial Internacional
  Descrito como “extremamente perigoso” e “catastrófico”, o furacão Florence chegou aos Estados Unidos nesta sexta-feira, ameaçando provocar inundações, desabastecimento e mortes, segundo as autoridades americanas.
  Mas por que, diferentemente dos EUA e de outros paÃses periodicamente atingidos por fenômenos climáticos similares, o Brasil não precisa se preocupar com isso?
     A meteorologista Bianca Lobo, do Climatempo, explicou que um dos principais “combustÃveis” para a formação de um furacão são as águas quentes do mar – que precisam estar acima de 27°C.
Direito de imagemNASA/REUTERSImage captionImagem mostra Furacão Florence se aproximando do Atlântico
Já os tornados são núcleos de tempestades, muitas vezes formados a partir de furacões ou tufões. Como sua formação só depende de uma tempestade muito forte, eles geralmente são pequenos quando comparados a furacões e duram por volta de uma hora.
Historicamente, só um furacão foi registrado na história do Brasil. Chamado de Catarina, ele atingiu o litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina em março de 2004.
Quatro pessoas morreram, 518 ficaram feridas e cerca de 33 mil, desabrigadas.
Mas os meteorologistas classificam o caso como rarÃssimo. “Foi uma condição totalmente atÃpica. É muito difÃcil de acontecer, ao contrário dos tornados, que inclusive são filmados com frequência no Brasil”, diz Bianca Lobo.
Segundo Pantera, ainda há divergências se o Catarina foi de fato um furacão. “Ele era uma frente fria que, em determinado momento, se deslocou e fez um caminho contrário, na direção do oceano. Ainda há muitas discussões se o Catarina era de fato um furacão.”