
Taques extingue Lemat; loteria gasta R$ 1 mi/ano do erário sem funcionar
Talita Ormond
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Toco Palma, que presidiu a Lemat por 4 anos sem tirá-la do papel, perde o posto
O governador Pedro Taques (PDT) extinguiu a Loteria do Estado de Mato Grosso em decreto publicado nesta sexta (30). O pedetista declarou expressamente, a revogação do Decreto nº 273, de 20 de Abril de 2011, que disciplinava a exploração dessa modalidade lotérica.
A Procuradoria-Geral do Estado, Casa Civil e as secretarias de Fazenda, de Planejamento e Coordenação Geral e de Gestão serão responsáveis por adotar as providências para o cumprimento da medida.
A criação da Lemat, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), foi justificada à época por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que referendava essa prática assim como pela necessidade de promover o financiamento das atividades de Assistência Social, Desporto e Segurança Pública no Estado.
Essa loteria esteve, quase sempre, envolvida em polêmicas, a exemplo do desembolso de aproximadamente R$ 1 milhão dos cofres públicos para pagamentos de salários sem o pleno funcionamento da autarquia. O então presidente da Lemat, Manoel Antônio Garcia Palma, o Toco Palma, recebeu salário de cerca de R$ 500 mil em quase quatro anos. A entidade também foi alvo de denúncias já que a única empresa habilitada para participar da licitação – Consórcio LBH-MT – teria envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
É válido lembrar que, enquanto procurador da República, Pedro Taques bateu de frente com o jogo do bicho no Estado, comandado pelo “comendador†João Arcanjo Ribeiro, considerado um dos chefes do crime organizado em Mato Grosso. Quando questionado assim que assumiu sobre o destino da Lemat ele disparou: Todos sabem o que penso sobre jogo. RDNEWS







