O presidente Michel Temer disse hoje (28) que “há muito tempo” não se fazia uma transição de governo tão “cordial e civilizada”, como a que ocorre entre a sua gestão e a do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
“Devo reconhecer, nós todos que temos uma longa estrada polÃtica, que eu penso que há muito tempo não se fazia uma transição tão cordial e tão civilizada como aquela que está sendo feita nestes últimos temposâ€, disse o presidente na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, no Palácio do Planalto.
          Participaram da reunião o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para a Casa Civil; os ministros Eduardo Guardia, da Fazenda; Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Esteves Colnago, do Planejamento.
Ao assumir a Presidência em 2016, Temer teve de começar o governo do “zeroâ€, pois disse não ter recebido informações do governo Dilma Rousseff.
        “Eu próprio me recordo, não canso de dizer, quando aqui cheguei, naturalmente pela via Constitucional e pela via eleitoral, evidentemente num momento mais traumático, nós encontramos aqui uma mocinha sentada à mesa sentada na antessala do presidente e não tivemos nenhuma informaçãoâ€.
         E acrescentou que “nem mesmo os computadores que estavam à nossa disposição, as memórias todas estavam apagadas. Nós partimos do zero. Do zero literalmenteâ€.
Durante a reunião, após receber elogios de um dos conselheiros ao governo, Temer disse que seguiu o que ouviu quando assumiu a Presidência: “Aproveite a sua impopularidade e faça tudo que o Brasil precisa. E eu fiz”.
No encerramento da reunião, o presidente ressaltou a importância do conselho e disse acreditar que será mantido no novo governo. Temer pediu que os conselheiros permanecessem no local, para que pudesse cumprimentar um a um.
O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, participou de parte da reunião.