“Somos a favor desse projeto? Somos. Nós buscamos, o tempo inteiro, o trato da sustentabilidade. Já fazemos isso [de implementar medidas sustentáveis] com alguns restaurantes. Muitos já tomaram algumas providências. Mas, se pegar o conjunto todo, somos mais de 10 mil bares e restaurantes. Tem as questões de delivery, de embalagens não biodegradáveis de grandes redes. Não pode, mais uma vez, o Estado interferir diretamente na gestão privada”, disse.
O gerente da padaria Pães e Vinhos, Mário Rodrigues, disse que a administração, ao procurar, hoje, fornecedores de canudos e copos fabricados conforme os novos padrões exigidos pela nova lei, não teve sucesso. “Pedi para o setor de compras verificar, e a responsável [pelo setor], de manhã, disse que não tinha achado. Ficamos sabendo [da lei] pela mÃdia essa semana. Para mim, só estava valendo no Rio de Janeiro e fiquei sabendo tem dois dias. A gente começou a se adaptar de ontem (6) para cá, já pedi para tirarem das mesas”, disse. “Copo [de plástico], a gente já não usa. Agora, canudo, realmente usava”.
Ao longo de 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou, em diversos momentos, a importância de se diminuir a produção e a utilização de objetos de plástico em todo o mundo. De acordo com a entidade, estima-se que a população mundial faça uso de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas a cada ano e compre 1 milhão de garrafas plásticas por minuto.
Exposição alerta sobre a poluição por plásticos – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Entre as recomendações relacionadas a uma rotina mais sustentável, a ONU indica a substituição de garrafas plásticas por garrafas reutilizáveis; a troca de sacolas plásticas por ecobags; o uso de canudos metálicos ou de material biodegradável; usar recipientes para embalagem de alimentos como o isopor; e trocar a escova de dentes de plástico por uma de bambu.