Geralmente, todas as crianças fazem birras. Pirraças, gritos, choros e queixas são algo muito comum durante a infância. Para tentar conter esse comportamento, muitos pais acabam cedendo aos filhos tudo o que desejam.
A sociedade exige cada vez mais dos pais e seus filhos. Vende uma falsa ideia de perfeição trabalhista, econômica e, claro, familiar.
É comum que as crianças, desde pequenas, façam parte de milhares de atividades extracurriculares. Dessa forma, sequer possuem tempo para se aborrecer ou se encontrar com elas mesmas.
    Isso se deve a essa competitividade que obriga os adultos a serem melhores que os demais. Tal pensamento tem sido, consequentemente, transmitido às crianças.
    Os pais estão mais focados no sucesso dos filhos do que em proporcionar-lhes uma boa educação baseada na harmonia, no respeito e no tempo para brincar.
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       Sou seu pai, não seu escravo
    Deve ficar claro que uma criança precisa de tempo para não fazer nada. Ela precisa se entediar, pensar e brincar. Ela deve aprender a cair e se levantar sem que seus pais estejam prestando atenção a todo momento.
Nesta era de tecnologia e competitividade, a maioria dos pais quer somente facilidades para seus filhos.
O medo de traumatizá-los por obrigar a fazer qualquer coisa que não queiram, fazer a lição de casa por eles, agradá-los com qualquer tipo de desejo que tenham ou, simplesmente, não lhes dar nenhum tipo de responsabilidade são fatores a serem considerados.
Elas se tornarão pessoas tóxicas. Pessoas que irão afastar os outros. Em suma, não estabelecerão relações saudáveis, porque não saberão reconhecê-las.