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Os dados foram apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que calcula o valor de R$ 2,1 bilhões para que todas sejam retomadasÂ
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MARCOS LEMOS
Da Reportagem
Mato Grosso tem hoje 774 obras públicas paralisadas e que vão demandar recursos da ordem de R$ 2,182 bilhões para ser retomadas e concluÃdas, caso não exijam correções ou reavaliações por causa do prazo de paralisação.
A informação é do governador Pedro Taques (PDT) e foi apresentada aos prefeitos durante reunião que discutiu o futuro do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que é o ponto de discórdia na relação institucional entre o governo do Estado e a Associação Mato-grossense dos MunicÃpios (AMM), entidade presidida pelo prefeito Neurilan Fraga (PSD).
Os dados são de levantamentos do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE\MT) feitos através do Sistema Geo-Obras e foram apresentados ao chefe do Executivo estadual pelo secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, que, juntamente com todos os demais titulares de órgãos estaduais, participou da reunião, que durou cerca de cinco horas ontem no Palácio Paiaguás.
Nas informações são 504 obras públicas paralisadas por rescisão contratual, o que pode ter acontecido por força de decisão do Estado enquanto contratante ou das empresas enquanto contratadas e que somam R$ 1,707 bilhão, e outras 270 obras paralisadas por diversos motivos e que somam R$ 474,8 milhões.
Não foi possÃvel precisar se neste pacote de obras estão aquelas relacionadas à Copa do Mundo de 2014.
“Se conseguirmos retomar todas essas obras, e vamos fazê-lo até o final de nosso governo, já terão valido a pena nossos esforços no sentido de resgatar Mato Grosso para o cidadão, porque com certeza são obras que vão atender diretamente a população e os municÃpiosâ€, ressaltou o governador Pedro Taques.
Fora essas obras, Pedro Taques pontuou que o Estado tem R$ 65 milhões em convênios com os 141 municÃpios, dos quais R$ 49 milhões ainda precisam sem repassados.
Ele pontuou que o Estado passa por dificuldades financeiras para vencer todos os obstáculos que acabam ainda sendo acentuados pela crise financeira nacional que já vem dando sinais claros de recessão econômica e que tem reflexo nas transferências constitucionais do Governo Federal para o Governo do Estado através do Fundo de Participação dos Estados – FPE.
“Imaginem o quanto seria importante para a economia de Mato Grosso e de seus municÃpios se no atual quadro de dificuldades tivéssemos mais de 700 obras públicas em andamento gerando emprego e renda e movimentando a economia de todo o Estado e suas cidadesâ€, questionou o governador lembrando que essas obras demandam contrapartida por parte do Tesouro Estadual, o que será feito com recursos do Fethab.
Mesmo reconhecendo e compreendendo as dificuldades o governador Pedro Taques sinalizou que sua administração não vai ficar apenas justificando e procurará soluções para atender à s demandas. “Mato Grosso não é apenas o Governo do Estado e também a Assembleia, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os municÃpios que vão imbuÃdos procurar uma solução definitiva para as dificuldadesâ€, frisou.