
 Divulgação
     O Programa Pró-FamÃlia é destinado a famÃlias que residem em Mato Grosso e estejam em situação de pobreza e extrema pobreza, ou seja, famÃlias com renda mensal per capita de até um terço do salário-mÃnimo, que passam a receber o valor de R$ 100 mensais.
Por Flávia Borges, G1 MT
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Controladoria Geral do Estado (CGE-MT) — Foto: Ligiani Silveira/CGE-MT
Uma auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado (CGE) detectou diversas irregularidades no Programa Pró-FamÃlia, gerido pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania (Setasc). Entre as supostas irregularidades estariam o pagamento do benefÃcio a pessoas falecidas, a concessão de benefÃcio para famÃlias e agentes comunitários de saúde em valores superiores ao definido, além do cadastro de famÃlias com renda mensal per capita superior a definida no programa.
O Programa Pró-FamÃlia é destinado a famÃlias que residem em Mato Grosso e estejam em situação de pobreza e extrema pobreza, ou seja, famÃlias com renda mensal per capita de até um terço do salário-mÃnimo, que passam a receber o valor de R$ 100 mensais.
Por meio de nota, a Setasc diz que já formulou um plano de ação para sanar as inconsistências apontadas pela CGE. O programa beneficia, atualmente, 22.489 pessoas em Mato Grosso, sendo: 19.192 diretos, 2.783 agentes comunitários de saúde e 224 psicólogos e assistentes sociais.
Entre as medidas do plano de ação estão a atualização cadastral de todos os beneficiários, comprovando sua regularidade no programa; a aquisição e utilização de um software próprio para gerenciar o cadastro, bem como suas atualizações, permitindo maior controle e agilidade na gestão do programa.
“A Setasc esclarece ainda que algumas inconsistências detectadas pela auditoria da CGE já foram sanadas, como, por exemplo, a exclusão de beneficiários já falecidos. Em relação aos pagamentos efetuados em valores acima do previsto na lei do programa, os casos identificados foram pontuais e ocorreram devido ao não pagamento do benefÃcio no mês regular, acarretando no acúmulo de mais de um mês em uma única parcelaâ€, diz trecho da nota.
O Programa Pró-FamÃlia abrange todos os municÃpios de Mato Grosso e tem por finalidade reduzir as desigualdades sociais, mediante ações de promoção da cidadania, bem como inclusão social de famÃlias em situação de vulnerabilidade em decorrência de situações de pobreza e risco social, com a finalidade de auxiliar os destinatários na superação de tais fatores.
Irregularidades
- A auditoria identificou a concessão de benefÃcio para famÃlias e agentes comunitários de saúde em valores superiores ao definido no programa.
- Realizando cruzamento dos titulares do benefÃcio do Programa Pró-FamÃlia com a base de dados do Sisobi foi identificado o falecimento de 19 titulares que, mesmo após o óbito, ainda continuam sendo creditados benefÃcios mensalmente.
- Verificou-se o descumprimento da pactuação de metas para desenvolvimento do Programa Pró-FamÃlia em desconformidade com a Resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
- Verificou-se a ocorrência de cadastro de famÃlias com renda mensal per capita superior a definida no Programa Pró-FamÃlia.
- Foi identificado a inconsistência no preenchimento dos dados cadastrais dos beneficiários do programa referente ao número do CPF – Cadastro de Pessoa FÃsica dos titulares do benefÃcio.
- Foram encontradas falhas na divulgação da lista de beneficiários disponibilizada pelo Comitê Gestor do Programa no site da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social.
- Verificou-se a ausência de documentação que comprove a atuação dos Profissionais vinculados ao Programa em horário diverso das atribuições inerentes ao cargo exercido nos municÃpios.
- Foram beneficiadas famÃlias que não se enquadraram no critério renda familiar mensal inferior a um terço do salário-mÃnimo, e aquelas que obtiveram renda e deveriam ter sido descredenciadas do programa.
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