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Por: DA REDAÇÃO
Uma liminar concedida ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso, em ação civil pública por ato de improbidade administrativa, determinou a indisponibilidade de bens, até o montante de R$ 5,8 milhões, do ex-prefeito de Sorriso, Clomir Bedin, da Cooperativa LÃder em Prestação de Serviços – Cooper LÃder, e de mais quatro pessoas. O grupo é acusado de desvio de verbas do municÃpio entre os anos de 2009 a 2012.
Marcos Lopes/HiperNotÃcias |
     Segundo o Ministério Público, as irregularidades foram verificadas nos contratos e aditivos firmados entre o municÃpio e a cooperativa, decorrentes dos pregões presenciais 13/2009 e 40/2009, para prestação de serviços gerais nas secretarias de Educação e Cultura, Obras, Viação e Serviços Urbanos, Agricultura e Meio Ambiente, Saúde, Saneamento e Administração. A contratação perdurou por todo o perÃodo em que o ex-prefeito esteve à frente do Executivo Municipal.
Entre as condutas ilÃcitas praticadas, conforme o Ministério Público, estão: pagamentos em duplicidades em favor da Cooper LÃder; pagamentos a vários cooperados por terem trabalhado mais de 30 dias no mesmo mês; remuneração por serviços não contemplados em licitação e contrato; e o não recolhimento de contribuições e tributos pela cooperativa.
De acordo com o promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour César, a ação foi proposta com base em documentos comprobatórios e relatório técnico elaborado por auditores da Prefeitura Municipal ,que analisaram todos os pagamentos efetuados. Do montante desviado, R$ 2,6 milhões referem-se a pagamentos irregulares efetuados à cooperativa ; R$ 162 mil dizem respeito a não retenção de Imposto de Renda; e R$ 2,9 resultantes da não retenção a tÃtulo de INSS.
“Sobre o pretexto de falso repasses para quitação dos negócios jurÃdicos firmados entre o MunicÃpio de Sorriso e a Cooperativa LÃder em Prestação de Serviços, os requeridos desviaram o montante de R$ 5.805.677,77 de valores do ente público municipal, constituindo tal conduta num meio para incorporar indevidamente ao seu patrimônio, bens e valores públicosâ€, ressaltou o promotor de Justiça.
Além do ex-prefeito e da Cooper LÃder, também foram acionados o diretor financeiro da cooperativa, Adevanir Pereira da Silva; a diretora de Operações, Amanda Marques Pintado, e o espólio de Carlos Rodrigues de Santos, que na época exercia a função de presidente. Os acusados poderão ser condenados pela prática de improbidade administrativa. Entre as penalidades previstas, está o ressarcimento ao erário.