Da Assessoria
Resgatar no cidadão colidense o sentimento de pertencimento e responsabilidade para com a vida do rio Carapá, priorizando ações de mobilização e sensibilização com vistas voltadas a recuperação, preservação e conservação das margens do referido rio, expandindo em todos os aspectos a consciência do cidadão, oferecendo subsídios para a melhoria dos níveis dos cursos relacionados ao meio ambiente, fazem parte dos objetivos da recém criada Carapá Vivo, Ong ambiental formada por pessoas dos mais diversos ramos de atividades profissionais, preocupadas com a degradação das nascentes e margens do rio Carapá. E numa demonstração de comprometimento, visando proporcionar vida longa ao rio que abastece a cidade, vem desenvolvendo projetos diversos, os quais colocados na prática com certeza gerarão resultados satisfatórios que ficarão registrados na história de Colider.
Parcerias fortalecem as ações
Para isso vem buscando adeptos, adesão de voluntários, firmando parcerias para ações diversas, como a coleta e plantio de mudas nativas para o reflorestamento das áreas degradadas; o “levantamentos de fauna e flora”, esse feito com a parceria de 12 voluntários estagiários acadêmicos dos Cursos de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da UNEMAT (05) e UNIASSELVI(07), e profissionais da área ambiental na região da bacia do Rio Carapá, ação necessária para conhecimento de espécies nativas antes que sejam extintas com a degradação, com o fim de estudá-las, compreendê-las, preservá-las.
Carapá Vivo oferece estágio a acadêmicos de Ciências Biológicas
Os referidos doze acadêmicos na supervisão do Biólogo HEVERTON APARECIDO TIBURSKI, Pós graduado em Gestão Ambiental – CRBio 108511/01D, cumprirão através de Carapá Vivo, voluntariamente um Estágio com carga horária máxima de 360 horas, em áreas especificas das ciências biológicas, numa projeção que cada aluno levará entre 12 e 24 meses para a conclusão dos seus estágios, considerando as inúmeras adversidades que impedem a frequência regular dos acadêmicos. Podendo novos estagiários ser admitidos ao projeto conforme vão surgindo novas turmas nas universidades. Valendo salientar que, os estágios não possuem um local pré-definido para ocorrerem, nem mesmo hora, estão intimamente ligados à oferta e demanda de atividades de trabalho, que podem ocorrer em diferentes frentes e locais, conforme adiantou Heverton
Documentário divulgando a biodiversidade da região poderá ser elaborado na conclusão do levantamento
Quanto ao relatório final do processo de estágio, Heverton disse que, no término de cada etapa, de posse dos levantamentos de biodiversidade realizadas pela equipe técnica juntamente com os estagiários e Carapá Vivo, espera poder converter em artigos científicos, divulgando os resultados das pesquisas realizadas na bacia do rio Carapá à comunidade, gerando dados suficientes para a elaboração de uma série de livros que possam identificar e ilustrar a biodiversidade da região, para a posteridade. “Também é esperado um número crescente de monografias e teses relacionadas ao rio Carapá nos próximos anos, onde as pesquisas realizadas pela ONG Carapá Vivo, poderão ser referenciadas”, salienta o biólogo.
Benefícios da relação Carapá Vivo e Estagiários
Reciprocidade é talvez a palavra que melhor define o relacionamento atual entre a ONG Carapá Vivo e seus estagiários, relacionamento este, onde todos se beneficiam. Os graduandos em Ciências Biológicas se beneficiam quando, devido à sua prestação de serviços caracterizada como estágio, recebem, além de valiosa experiência prática, parte da documentação necessária para atender a um dos requisitos da Resolução CFBio 300/2012. Que estabelece requisitos mínimos para a atuação do biólogo no campo da pesquisa. E a Carapá Vivo se beneficia de tais serviços porque, pode contar com uma força de trabalho treinada para auxiliar seus profissionais em suas atividades, que visam a recuperação de áreas degradadas na bacia hidrográfica do Rio Carapá”, destaca Heverton Tiburski, que na condição de biólogo, enfatiza que, quando se fala em recuperar áreas degradadas, não fala apenas de plantar árvores ou controlar sedimentos, mas também de restaurar um sistema muito complexo, que envolve uma infinidade de fatores, e disponibilizar de pessoas que entendem essa dinâmica é crucial para obter bons resultados
Benefícios de “ser voluntário”
“Como biólogo, muitas vezes trato de uma lista interminável de tarefas administrativas e, como muitos membros da ONG Carapá Vivo, tento equilibrar minha responsabilidade oficial com o tempo pessoal e o tempo gasto com o meio ambiente que eu amo. Passei muito tempo nos últimos anos, em trabalhos que me afastaram da natureza, reuniões, conferências, lidando com outros assuntos, mas também passei muito tempo no Rio Carapá, as reuniões já se confundem em minha mente, e o que nós executamos em cada reunião, algumas vezes parece infinitesimal, então a tendência é esquecer tudo aquilo, mas estão claríssimas em minha mente, cada minuto que passei as margens do Rio Carapá na condição de biólogo, e supervisor ensinando e aprendendo com as novas gerações, isso significa muito para mim, este será meu legado, meu presente para as futuras gerações”, destaca o biólogo Heverton
DLuz / Da Assessoria Carapá Vivo