sexta-feira, 22/11/2024
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Mato Grosso mais uma vez foi às ruas contra DILMA

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Grupos se concentraram no Centro de Cuiabá e depois fizeram passeata.

Protesto teve efetivo de 700 PMs em cavalaria e ajuda de um helicóptero.

Do G1 MT

Protesto reuniu cerca de 8 mil pessoas nas avenidas de Cuiabá, segundo a PM. (Foto: André Souza/G1 MT)
Protesto reuniu cerca de 8 mil pessoas nas avenidas de Cuiabá, segundo a PM.
(Foto: André Souza/G1 MT)

Grupos de manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (12), na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, para protestar contra o governo federal. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 8 mil pessoas participaram do protesto. Os organizadores do ato informaram que de 8 mil a 10 mil manifestantes estiveram no ato, ao realizarem o balanço final sobre a passeata. Mais cedo, um dos organizadores havia estimado a presença de 25 mil pessoas pelas ruas da capital. O protesto foi menor do que o de 15 de março, que reuniu 20 mil segundo a PM e 35 mil de acordo com os organizadores.

 

MA

O protesto em Cuiabá foi pacífico e monitorado por 700 policiais militares, que acompanharam os manifestantes no trajeto de quase dois quilômetros, com cavalaria e auxílio de um helicóptero, até a Avenida Mato Grosso, ponto final da caminhada.

O ato começou às 16h45 [horário local] e terminou às 17h40. Estava previsto o início às 16h, mas a chuva provocou a prorrogação.

Os manifestantes usaram camisetas verde e amarelo e algumas estavam com o slogan “Muda Brasil”.

No percurso, eles cantaram o hino nacional e gritaram frases, como “fora Dilma”. Também ocorreram vaias contra a presidente ao longo da caminhada pela avenida.

Os organizadores da manifestação disseram que eles defendem cinco pautas: a renúncia da presidente, o corte de metade do número de ministérios, que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, não participe do julgamento do Caso Petrobras, que o BNDES deixe de financiar projetos em Cuba e Venezuela e ainda que haja investigação da atuação do BNDES.

Manifestação foi toda acompanhada por policiais militares em Cuiabá. Não houve ocorrências. (Foto: Carlos Palmeira / G1)Manifestação foi toda acompanhada por policiais militares em Cuiabá.Não houve ocorrências. (Foto: Carlos Palmeira / G1)

Entretanto, alguns participantes portavam faixas e cartazes pedindo intervenção militar no país, manifestando repúdio ao Partido dos Trabalhadores (PT) e afirmando que o movimento deste domingo é apartidário e desvinculado politicamente tanto da direita quanto da esquerda.

Manifestantes caminharam pela Avenida Prainha e Avenida Mato Grosso (Foto: Carolina Lorencetti/ TVCA)Manifestantes caminharam pela Avenida Prainha e Avenida Mato Grosso
(Foto: Carolina Lorencetti/ TVCA)

O percurso do protesto em Cuiabá foi o tempo todo cercado por policiais militares em fila enquanto os manifestantes acompanhavam um trio elétrico.

Alguns manifestantes em Cuiabá resolveram protestar em inglês. (Foto: Carlos Palmeira / G1)
Alguns manifestantes em Cuiabá resolveram protestar em inglês
(com uma versão traduzida abaixo). (Foto: Carlos Palmeira / G1)

Ao fim do protesto, o microfone do trio elétrico foi aberto para participantes que quisessem se manifestar e contou com discursos variados. Um deles foi o da secretária de estado do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção Adriana Vandoni, defendendo o fim da impunidade a responsáveis por crimes de corrupção no Brasil.

Parte dos manifestantes pediu intervenção militar no Brasil. (Foto: Renê Dióz / G1)
Parte dos manifestantes pediu intervenção militar no Brasil. (Foto: Renê Dióz / G1)

“Tem diferença entre o ladrão que rouba uma televisão, uma pinga, e o que rouba dinheiro público. Vamos continuar a sair na rua enquanto esses políticos não estiverem apodrecendo na prisão”, afirmou a secretária.

Cartazes no protesto em Cuiabá continham reivindicações variadas. (Foto: Carlos Palmeira / G1)
Cartazes no protesto em Cuiabá continham reivindicações variadas. (Foto: André Souza / G1)

Já Lorena Lacerda, uma das organizadoras do protesto em Cuiabá, discursou argumentando que o “o problema do Brasil é o voto. Nós não sabemos votar. Nós elegemos quem não nos representa”.

Manifestantes pediram o fim da corrupção em Cuiabá. (Foto: Carlos Palmeira / G1)Manifestantes em Cuiabá pediram casos de corrupção passem a figurar como crimes hediondos no Código Penal. (Foto: Carlos Palmeira / G1)

Por sua vez, o empresário Célio Fernandes, um dos líderes do movimento, defendeu que a presidente não entendeu o recado do dia 15 de março e por isso os manifestantes voltaram às ruas para protestar neste domingo. “Somos um país rico merecemos ter uma qualidade de vida à altura daquilo que nós pagamos”, declarou.

Um rato gigante foi usado por manifestantes em Rondonópolis (Foto: Wesley Mendonça/ TVCA)
Um rato gigante foi usado por manifestantes em Rondonópolis (Foto: Wesley Mendonça/ TVCA)

Rondonópolis
Manifestações também foram registradas no interior do estado de Mato Grosso, neste domingo. No município de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, moradores se concentraram em uma rua paralela à Avenida Lions Internacional, uma das mais movimentadas da cidade, as 16h. Devido a baixa adesão, não saíram em passeata, conforme os líderes do movimento “Resistência Democrática”, ligado aos movimentos “Vem para a Rua” e “Brasil Livre”. Eles informaram que cerca de 500 pessoas se reuniram no local, durante a concentração, e a Polícia Militar estima menos de 100 pessoas. Eles permaneceram na rua até as 17h. Os manifestantes querem a saída da presidente. No protesto do dia 15 de março, a PM contou mil pessoas em Rondonópolis.

Barra do Garças
No município de Barra do Garças, distante 516 km de Cuiabá, não houve protesto pelas ruas e avenidas por conta de uma forte chuva que ocorreu na região, de acordo com os organizadores do movimento. A concentração estava prevista para as 17h, na Praça dos Garimpeiros, na Avenida Ministro João Alberto, e foi cancelada.

No protesto do dia 15 de março, segundo a Polícia Militar, participaram entre 1.800 a 2 mil pessoas e, segundo os organizadores, foram 3 mil participantes.

Protesto em Sinop ocorreu na Praça Plínio Callegaro. (Foto: João Carlos Morandi/TVCA)
Protesto em Sinop ocorreu na Praça Plínio Callegaro. (Foto: João Carlos Morandi/TVCA)

Sinop
Na cidade localizada na Região Norte do estado, a 503 km da capital, o movimento iniciou com a saída na Praça Plínio Callegaro, as 16h, e foram até a Praça das Bandeiras. Depois retornaram para a Praça Plínio Callegaro. Segundo os líderes do movimento, 100 pessoas participaram do ato, que encerrou por voltas das 18h. A Polícia Militar estima que 40 manifestantes estiveram na caminhada.

No dia 15 de março, segundo a Polícia Militar, foram 3 mil participantes no protesto em Sinop e, para os organizadores, foram 15 mil pessoas.

Manifestantes se reuniram na Praça das Fontes, na tarde deste domingo. (Foto: Assessoria/Organização)Manifestantes se reuniram na Praça das Fontes, na tarde deste domingo.
(Foto: Assessoria/Organização)

Sorriso
Cerca de 100 pessoas, segundo os organizadores da passeata, se reuniram na Praça das Fontes, na região Central do município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, as 16h. Eles previam sair em carreata ou passeata pelas ruas da cidade, porém, pela baixa adesão, os manifestantes permaneceram na praça até as 17h. A Polícia Militar informou que 50 pessoas estiveram no local.

Em Sorriso, segundo o Departamento Municipal de Trânsito de Sorriso, aproximadamente 260 pessoas participaram da passeata no dia 15 de março. Os organizadores estimaram 1,3 mil pessoas.

Protesto em Canarana foi em frente ao Sindicato Rural da cidade. (Foto: Arlindo Cancian / Arquivo Pessoal)

Canarana
Em Canarana, cidade a 838 km de Cuiabá, a concentração dos manifestantes aconteceu na Avenida Paraná, em frente ao Sindicato Rural às 7h [horário de Mato Grosso]. Segundo a organização, pelo menos 300 pessoas e 50 tratores participaram de uma carreata pelas ruas da cidade. A manifestação teve fim na Avenida Rio Grande do Sul, por volta das 10h [horário de Mato Grosso].

A principal reivindicação dos manifestantes é a melhoria nas políticas públicas voltadas à agricultura. “Não há dinheiro para os produtores. Desse jeito, o produtor rural não está conseguindo trabalhar”, afirmou o presidente do Sindicato Rural, Arlindo Cancian. A Polícia Militar disse que não registrou o número de participantes.

Protesto na região do Pantanal reuniu 300 pessoas na Ponte Marechal Rondon, na BR-174 (Foto: João Batista/ Arquivo Pessoal)
Protesto na região do Pantanal reuniu 300 pessoas na Ponte Marechal Rondon, na BR-174 (Foto: João Batista/ Arquivo Pessoal)

Cáceres
Em Cáceres, município que fica a 250 km da capital, a manifestação começou às 17h com uma carreata que contou com cerca de 40 veículos, e 300 participantes, segundo os organizadores. Os manifestantes saíram do ponto de partida, na Ponte Marchal Rondon, com uma hora de atraso do horário marcado, e foram para a Praça da Sematur, no Centro da cidade. Não houve incidentes e a Polícia Militar informou que registrou 50 pessoas.

Um dos organizadores do “Vem para a Rua”, o funcionário público federal João Batista, afirmou que o enfraquecimento desse segundo ato aconteceu em todo o país, mas que o protesto continua pelas redes sociais. Para ele, o importante é que o cidadão descontente continue a manifestar sua indignação. Entre as 16h e 17h, os manifestantes esperaram que o número de pessoas aumentasse, e, nesse período, paravam os veículos para que fossem adesivados. Cerca de 30 caminhões que passaram no trecho da BR-174 foram abordados e adesivados com a frase “Fora Dilma”.

No dia 15 de março, os organizadores do protesto em Cáceres estimaram a participação de 1,2 mil carros e 2,6 mil pessoas. Para a Polícia Militar, foram cerca de 300 participantes no ato da praça pública naquele dia.

Alta Floresta
Localizada a 800 km de Cuiabá, a cidade de Alta Floresta também contou com protestos neste domingo. Às 9h, os manifestantes convocados pelo movimento “Eu Luto” reuniram-se na Praça do Avião com carros de som. Segundo o professor Fabrício Rodrigues, um dos organizadores, a manifestação foi prejudicada pela chuva e pela baixa adesão. De acordo com a organização, 40 manifestantes participaram do ato. Já segundo a PM, havia apenas vinte pessoas no protesto.

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