Por Monique de Carvalho
Quem já ama queijo frescal, vai saborear com mais gosto a partir de agora! É que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu um tipo de queijo que é capaz de reduzir problemas intestinais.
O alimento é feito a partir da bactéria probiótica L. lactis NCDO 2118, que é capaz de diminuir o desconforto também em pessoas com baixa tolerância à lactose.
“Várias vitaminas foram associadas a esta bactéria que faz bem ao organismo. São boas para nós. Associadas a este alimento vivo, que é o queijo, ajudam a combater estas inflamações”, disse o coordenador do Laboratório de Genética Celular e Molecular (LGCM) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), professor Vasco Azevedo.
Alimento para aliviar sintomas
O novo tipo de queijo trata e previne a colite ulcerativa, doença inflamatória do intestino grosso.
Para comprovar a eficácia do alimento, os testes da pesquisa foram feitos em camundongos que tinham os sintomas da doença.
O queijo foi capaz de melhorar a saúde dos animais. A ideia é que o paciente em crise consuma o produto para aliviar os sintomas.
O estudo foi considerado o melhor trabalho de doutorado de 2021 no âmbito do Programa de Pós-graduação em Inovação Tecnológica (PPGIT) da UFMG. Ele também concorre ao Prêmio Capes de Teses e ao Grande Prêmio UFMG de Teses de 2022.
Comercialização
A UFMG já patenteou a criação e agora está em fase de desenvolvimento do produto final, para que ele seja distribuído para o comércio.
“Agora nós esperamos que o produto vá para o mercado. O objetivo é que possamos fazer acordos com a iniciativa privada, com as empresas, para levar este queijo até as pessoas”, defendeu Vasco.