Imagem ilustrativa/divulgação
Já assisti – e até participei – de muitas campanhas eleitorais. E afirmo com toda certeza, que nunca se viu tanta mentira na propaganda, este ano iniciada no último dia 26 no rádio, tv, internet e impressos.
Candidatos e seus propagandistas – alguns pagos a peso de ouro com os recursos do Fundo Eleitoral sustentado pelo imposto pago pela população – dizem ao eleitor fatos e coisas que jamais existiram e facilmente identificáveis pelo termo da moda: fake news. Uma rápida pesquisa na internet -onde estão armazenadas e disponíveis as noticias do jornal, radio, tv, revistas e outras fontes informativas – é o suficiente para desfazer os enganos que os caçadores de votos tentam fazer o eleitor cometer. Também é útil e conveniente a verificação no arquivo dos jornais locais para ver o que cada candidato fez pela cidade.
Quem acompanha os acontecimentos nem precisa pesquisar pois os fatos ainda estão claros em sua mente e a mistificação é tão evidente, que chega a doer nos ouvidos. A internet é a tabua de salvação para o eleitor menos informado que não quiser ser tapeado e pretender livrar a política dos maus representantes do povo. Conforme temos dito, a hora em que decide em quem votar é o único momento, a cada quatro anos, em que nós, os cidadão comuns, temos a grande e única oportunidade de mudar ou não mudar os destinos do país. É por isso que o voto deve ser consciente e resultado do conhecimento do votante sobre a vida política, profissional e até pessoal do candidato e de suas propostas. Escolh er o que lhe pareça melhor para as necessidades da população é o grande ato de sustentação da democracia. Convém ao eleitor – para não ser enganado – ver o que o governante que busca a reeleição prometeu e o que realizou (de bom e de ruim), verificar a mesma coisa sobre ex-governantes que se candidatam, e buscar a vida até particular dos concorrentes de primeira eleição, que não têm passado político. A biografia do candidato diz mais do que qualquer afirmação de campanha.
Acredito que o grande volume de meias verdades constante do material de campanha é resultado da polarização da política entre duas frentes e da existência de uma terceira tendência fragmentada cujos candidatos não passam de figurantes do processo, visto que nenhum deles tem a chance concreta de passar para o segundo turno e disputar a chefia do governo. Com essa característica plebiscitária, a campanha acaba dividida em dois flancos que se alternam em importância. Um deles é o das propostas de trabalho do candidato para o caso de ser eleito. E o outro, que banaliza todo o processo eleitoral, é o do ataque ao adversário e, invariavelmente, é maior do que as promessas de trabalho. A meia verdade, é bom lembrar, é mentira, pois a verdade & eacute; inteira ou não existe.
O eleitor precisa manter-se atento e buscar a decisão do voto à sombra do seu interesse e não dos candidatos e dos cabos eleitorais. Deve analisar o que prometem de trabalho tanto um quanto o outro e depois decidir quem merece o seu apoio nas urnas. É um risco muito grande votar em quem bateu mais forte no seu adversário ou escondeu seus próprios pecados e posa de santinho. Daí ser interessante buscar fora das campanhas o conhecimento sobre todos os que pedem o nosso voto e ofertá-lo ao que melhor puder representar os nossos interesses. Parta se ter uma idéia do nível a que está chegando a atual campanha, basta lembrar que hoje se encontra filmes publicitários de candidatos até em meio aos jogos de aplicativos da internet. Mais uma vez pe&ccedi l;o: analise se o que falam as campanhas é verdade ou inverdade. Só a verdade pode – por mais dura que seja – levar o país às reformas e melhora das condições de vida para todos nós e, principalmente, para nos nossos filhos e netos que, cedo ou tarde, terão a missão de continuar o legado que para eles vamos deixar.
Na hora de votar, lembra-se que estará escolhendo o homem ou a mulher que o representará no governo e nas casas legislativas. Vote naquele que lhe inspire confiança, que você possa até convidar para ir à sua casa sem qualquer constrangimento ou risco. O eleito será o responsável pelo futuro – bom ou ruim – seu e de sua família…
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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