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Se, por um lado, o asteroide não oferece nenhuma ameaça à Terra, o mesmo não se pode dizer em relação à influência do planeta sobre o corpo celeste
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, o asteroide 2023 BU vai passar muito perto da Terra por volta das 21h28 (pelo horário de Brasília) desta quinta-feira (26). No entanto, não há motivo para pânico, já que, embora a previsão seja de que a rocha espacial vai chegar a 3,6 mil km do nosso planeta (uma distância relativamente curta em termos astronômicos), não há risco de colisão.
E, ainda que houvesse uma mínima chance de impacto, o asteroide tem apenas entre 3,7 m e 8,2 m de diâmetro, ou seja, é extremamente pequeno.
Mesmo considerando seu tamanho máximo, ele teria uma massa total em torno de 866 toneladas. Se atingisse a Terra, grande parte disso seria completamente consumida pela atmosfera, liberando uma energia equivalente a 9 mil toneladas de TNT (substância muito utilizada como explosivo militar e em demolições).
“Geraria um belo meteoro, mas provavelmente não representaria risco algum em solo”, disse Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital. “Para efeitos de comparação, o asteroide que atingiu a Terra em Chelyabinsk, na Rússia, 10 anos atrás, explodiu com energia equivalente a 440 mil toneladas de TNT”.
Gravidade da Terra altera órbita de asteroide
Se, por um lado, o asteroide não oferece nenhuma ameaça à Terra, o mesmo não se pode dizer em relação à influência do planeta sobre o corpo celeste descoberto no último sábado (21) pelo fabricante de telescópios e astrônomo amador russo Gennady Borisov.
De acordo com um comunicado da NASA, o objeto, que vem viajando a 32.400 km/h em nossa direção, terá sua rota drasticamente alterada pela força gravitacional do planeta.
Atualmente, o asteroide leva 359 dias para completar uma volta ao redor do Sol. Após seu encontro com a Terra, sua órbita será mais alongada, movendo-o para mais ou menos o meio do caminho entre as órbitas da Terra e de Marte em seu ponto mais distante do Sol. Com isso, ele passará a circundar a nossa estrela a cada 425 dias.
Quem quiser assistir a esta que, segundo Davide Farnocchia, engenheiro do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, será “uma das aproximações mais próximas de um objeto da Terra já registradas”, poderá acompanhar tudo, ao vivo, pelo canal AstroNEOS, comandado pelo astrônomo amador Cristóvão Jacques, que fará uma live a partir das 20h.
Jacques é sócio fundador do Observatório SONEAR, na cidade de Oliveira (MG), de onde vai tentar capturar imagens da aproximação da rocha espacial, caso as condições meteorológicas sejam favoráveis.