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Policiais só deixarão cerco na Ilha do Bananal quando todos os criminosos forem capturados, diz comandante da PM

Os policiais que estão na Ilha do Bananal, na caçada pelos criminosos que fugiram para o Tocantins, só deixarão o cerco quando todo o grupo for capturado. A fala é do comandante da Polícia Militar no estado, o coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça.

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Força-tarefa busca, há cinco dias, suspeitos de atacar Confresa (MT) e fugir para o Tocantins. Coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça disse que criminosos estão esparramados, porém cercados.

Por Jesana de Jesus e Ana Paula Rehbein, g1 Tocantins

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Comandante da PM explica o cerco aos suspeitos de invadir cidade em MT

Os policiais que estão na Ilha do Bananal, na caçada pelos criminosos que fugiram para o Tocantins, só deixarão o cerco quando todo o grupo for capturado. A fala é do comandante da Polícia Militar no estado, o coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça. Acredita-se que o baou a cidade de Confresa (MT), no último domingo (9).

O comandante confirmou que o grupo está espalhado pela área, porém cercado.

“Eles estão cercados e manteremos esse cerco até que possamos capturar todos”, informou.

Comandante da Polícia Militar do Tocantins (ao centro) acompanha força-tarefa montada para capturar criminosos suspeitos de invadir Confresa (MT) — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Comandante da Polícia Militar do Tocantins (ao centro) acompanha força-tarefa montada para capturar criminosos suspeitos de invadir Confresa (MT) — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Os criminosos invadiram a cidade de Mato Grosso, atacaram e atearam fogo no batalhão da Polícia Militar. Em seguida, explodiram as paredes de uma empresa de transporte de valores. A suspeita é de que eles fugiram para o Tocantins em embarcações, atravessaram os rios Araguaia e Javaés e entraram no município de Pium, onde fica parte da Ilha do Bananal. Dois foram mortos e um, preso, em confrontos com equipes policiais.

  • Veja a cronologia das ações, desde o crime em Confresa, até a fuga para o Tocantins e a força-tarefa montada para capturar os suspeitos

Os criminosos estão na região da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo com cerca de vinte mil quilômetros quadrados de área cercada pelos rios Araguaia e Javaés. A ilha localiza-se no estado do Tocantins, estando subdividida entre os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium.

Policiais de cinco estados fazem parte da operação. Nesta quinta-feira (13), mais duas aeronaves foram enviadas pelo governo de Minas Gerais para ajudar nas buscas, totalizando cinco helicópteros e aviões. Moradores da região também dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.

“Essa operação tomou uma proporção muito grande. Hoje nós temos forças policiais de três regiões distintas, do sudeste, do norte e do centro-oeste. Cinco estados estão integrados: Tocantins, Mato Grosso, Pará, Goiás e Minas Gerais. Temos forças especializadas. Minas Gerais em um gesto bastante nobre, enviou uma aeronave e um grupamento especializado nessa região, que é o Comaf, Comando Anfíbios, para poder adentrar nas matas e regiões alagadas”.

Além da captura, os militares reforçam a segurança para os moradores da região, indígenas e ribeirinhos que estão próximos às áreas de confronto.

Moradora leva café e bolo para policiais que estão há cinco dias na caçada por suspeitos no Tocantins — Foto: Divulgação

Moradora leva café e bolo para policiais que estão há cinco dias na caçada por suspeitos no Tocantins — Foto: Divulgação

Mortos em confronto

Durante confronto, dois suspeitos foram mortos e um, preso. Os policiais também apreenderam armamento de grosso calibre, milhares de munições, coletes à prova de bala, coturnos e outros materiais.

Nesta quarta-feira (12), Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. O segundo morto não teve a identidade revelada.

Ainda não há informações sobre a quantidade de pessoas que fazem parte da organização. Após o primeiro embate com policiais tocantinenses, o grupo teria se dividido.

Força-tarefa

Força-tarefa durante buscas por assaltantes no Tocantins — Foto: PM/Divulgação

Força-tarefa durante buscas por assaltantes no Tocantins — Foto: PM/Divulgação

A perseguição começou no domingo (9) quando criminosos atacaram a cidade de Confresa, no Mato Grosso. Segundo a polícia, o grupo faz parte de uma quadrilha do ‘novo cangaço’. Fortemente armados, eles atiraram contra a base da PM, incendiaram pneus e veículos e tentaram assaltar uma empresa de valores, a Brinks.

Em seguida, fugiram para o Tocantins. A suspeita é que eles tenham atravessado os rios Araguaia e Javaés, em embarcações, até chegarem à Ilha do Bananal, na segunda-feira (10). Depois, tentaram afundar os barcos para não deixar rastros.

Enquanto continuavam a fuga pelo município de Pium, se depararam com uma viatura da Patrulha Rural da PM, que fazia uma ronda rotineira. Militares e suspeitos entraram em confronto. Depois disso, eles se dividiram. Um dos grupos invadiu a fazenda Agrojan, fez uma família refém e roubou veículos.

Ainda na segunda, turistas estrangeiros e funcionários do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tiveram que ser retirados às pressas da unidade por causa dos confrontos. Segundo informações obtidas pelo g1, os criminosos chegaram a entrar no centro de pesquisa e roubaram um barco, que foi encontrado posteriormente pela equipe policial.

Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.