Quando encarcera o indivÃduo que cometeu um crime, o Estado, mais do que cobrar a sua dÃvida social, tem o dever de ressocializá-lo. Mas, devido ao descaso, isto tem sido, a cada dia, uma tarefa mais distante da realidade nas condições em que os milhares de detentos são mantidos no deficiente sistema prisional brasileiro, uma verdadeira tortura ao ser humano. Homens e mulheres que convivem em celas superlotadas e estão longe de receber o tratamento e os cuidados que os conduzam a uma nova postura quando em liberdade. Pelo contrário, muitos deles, em razão da omissão do estado, são obrigados  a recorrer aos favores dos “sindicatos†para obter alguma proteção e, nestas condições, jamais poderão deixar o mundo do crime.
           Nesse momento, em que se fala em reformas no Estado brasileiro, não pode se esquecer que o brutal sistema penal necessita da mais ampla modernização para, em lugar de punitivo, cumprir sua obrigação legal de atuar comorecuperador…
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)