
Â
Nas agências só é possÃvel realizar operações por meio de canais alternativos de atendimento
SÃLVIA DEVAUX /Blogdoantero
imagem ilustrativa   Â
        Os funcionários das agências bancárias públicas e privadas de Mato Grosso também cruzaram os braços a zero hora da terça-feira (06). Pelo menos em 20 estados e no Distrito Federal os bancários entraram em greve, por tempo indeterminado, reivindicando 16% de reajuste salarial, sendo 5,7% de aumento real e a reposição da inflação, aumento no valor do vale-alimentação e auxÃlio-creche, além do fim do assédio moral e das metas abusivas.
           Há 45 dias os bancários tentam aprovar suas reivindicações junto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que propôs um reajuste de 5,5, o que representa perda real de 4% para os salários e demais verbas da categoria, com a inflação acumulada de agosto em 9,88% (INPC), que fora rejeitado por unanimidade pela categoria.
 Os bancários recusaram ainda o abono de R$2.500,00, o qual não se integra ao salário, incide imposto de renda, INSS e representa total retrocesso em relação aos últimos anos. Conforma a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entre 2004 e 2014,  com muita mobilização a categoria conquistou 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% no piso.
 “A greve é a única alternativa quando se esgotam as possibilidades de negociação por meio do diálogo”, explica José Guerra, presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, que conclama os todos os trabalhadores e trabalhadoras a estarem unidos para fortalecer o movimento. “Nossas conquistas serão do tamanho da nossa mobilizaçãoâ€, afirmou.
 Nas agências só está sendo possÃvel realizar saques, transferências e outras operações por meio de canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos. Outras alternativas aos clientes são o internet banking, telefone, aplicativos no celular, casas lotéricas, agência dos Correios, redes de supermercados e demais estabelecimentos que sejam credenciados para não sejam prejudicados pela greve.
 Confira as reivindicações:
 Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
 PLR: 3 salários mais R$7.246,82
 Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mÃnimo do Dieese em valores de junho último).
 Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxÃlio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mÃnimo nacional).
 Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
 Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate à s terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coÃbe dispensas imotivadas.
 Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
 AuxÃlio-educação: pagamento para graduação e pós.
 Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
 Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).






