
           A BR 163 é, sem dúvida, a principal via que corta o estado de  Mato Grosso. Por ela entra e sai a maioria dos produtos necessários a vida das pessoas que aqui vivem. É nela também que estão os mais escandalosos problemas de abuso de poder, irregularidades e desmandos. Hoje a 163 continua sendo uma “terra de ninguémâ€, apesar do pedágio, apesar da Rota Oeste.
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     Imagem reprodução web
   O primeiro fator que chama a atenção é o estado desta estrada. Há muitos trechos onde os buracos são mais frequentes que na época que não tinha pedágio. Qual a razão para pagarmos o pedágio se o dinheiro recebido nas praças não serve nem para tapar os buracos que causam danos aos veÃculos que por ali trafegam? O que então deve ser feito? O trecho que corresponde de Rosário Oeste a Rondonópolis está um queijo suÃço. Não trafeguei no sentido sul além da divisa com Mato Grosso do Sul.
         O trecho da BR 163 entre Rosário Oeste e a divisa do Pará melhorou muito. Há pedágios, apesar de não ter acostamento e nem duplicação, exceto o trecho Rosário ao Posto Gil, entrada para Diamantino, mesmo assim duplicação incompleta na serra da caixa furada. Mas seu estado é muito melhor do que era, agora deste a divisa do Mato grosso do Sul esta um lixo muito pior que a de tempos atrás e ainda estão cobrando pedágio.
         O segundo fator é a falta de fiscalização. Fui testemunha de um desmando cometido por um caminhoneiro que jogou seu colega de profissão para fora da estrada na tentativa de uma ultrapassagem totalmente ilegal. Cheguei ao guichê da praça de pedágio e perguntei a atendente se ele tinha contato com a Policia Rodoviária Federal para interceptar o caminhão que naquele momento estrava em fuga. A resposta foi: não, não temos.
      O terceiro fator é: em muitos pontos entre Jangada e Rondonópolis já existem trechos duplicados, principalmente nas subidas e serras e, apesar das placas indicando que caminhões lentos devem trafegar pela direita, isso não ocorre. Caminhoneiros, muitas vezes da mesma empresa, colocam nestes trechos um veÃculo ao lado do outro a cinco por hora, não ultrapassam e não permitem que os demais veÃculos executem ultrapassagem. Gera irritação, nervosismo e irregularidade na sequência da viagem em muitos condutores.
      Quarto fator: os radares. Não há um padrão de velocidade, sendo na verdade redutores de velocidades e não controladores de velocidade, a variação é tão grande que vai de 30 Km/h a 80 Km/h e, em muitos casos, em locais que mais parecem uma armadilha de jogo de vÃdeo game (projeto caça nÃquel do DNIT). Que responsabilidade com a vida das pessoas!
        Quinto: a sinalização é péssima. Poucas placas e muitas delas se tornam invisÃveis devido o alto número de treminhões trafegando. Em muitos trechos não existem placas mesmo. Prova disso é que você consegue descobrir quantos quilômetros faltam para chegar em São Paulo ou Curitiba, mas não consegue encontrar nem o nome da próxima cidade, ou alguém já encontrou uma placa avisando que São Pedro da Cipa ou Juscimeira são cidades pelas quais você vai passar?
       Sexto, é uma pergunta: qual o motivo dos caminhoneiros mudarem tanto o comportamento quando estão na BR 163 dentro do estado de Mato Grosso? Não são os mesmos que trafegam em outros estados? Viajo sempre de carro e dirigindo em outros estados, cito aqui onde posso comprovar, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Bahia e etc. eles dirigem completamente diferente. A imensa maioria deles são educados, até saem da pista para você ultrapassar. Aqui passam por cima. Pelo menos a metade tem esse comportamento. Por que?
     Sétimo: senhores do poder; senadores temos três, senhores deputados federais temos oito, senhor Governador, sei que seus veÃculos de transporte são aviões, mas faça uma viagem pelo Brasil por estradas. Percorra a BR 163 dentro do nosso estado uma única vez e verá a terra de ninguém que se transformou a esta rodovia. Assuma sua responsabilidade, salve vidas, faça valer seus votos recebidos.






