
   Gonzalo Guimaraens – Destaque Internacional (*)
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  No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT), nascido em ambientes da “Teologia da Libertação†e defensor da revolução cubana, aproveitou-se de uma longa década no Poder para assegurar que o sistema educacional permanecesse em suas mãos, mesmo na eventualidade de perder o governo.
           Em direção oposta, pais e mães de famÃlia de todo o PaÃs estão se organizando para conseguir o apoio de deputados federais e estaduais, e proclamam que chegou a hora de uma profunda “despetetizaçãoâ€Â da educação no Brasil, ou seja, que é necessário desmontar essa máquina de proselitismo criada pelo PT.
        Quem destampou a panela desse drama, e mostrou os descontentamentos subterrâneos existentes em todo o território brasileiro, não foi nenhum meio de comunicação nacional, mas sim o diário “El PaÃsâ€, de Madrid (edição para o Brasil), com uma série de artigos e reportagens referidos nos links no final desta matéria, cuja leitura recomendamos.
“O professor de minha filha comparou Che Guevara com São Francisco de Assisâ€, lembra com indignação o advogado Miguel Nagib. “As pessoas desejam deformar as cabeças das crianças, associando as duas coisas, levando-as a dizer que Che Guevara é um santoâ€, afirmou o entrevistado. O episódio foi o suficiente para que o advogado Nagib criasse em 2004, junto com outros pais de famÃlia, a ONG “Escola Sem Partidoâ€, que atualmente tem uma presença ativa na Câmara dos Deputados em BrasÃlia, e em Câmaras Estaduais da Federação. Suas ideias, análises e propostas encontram-se no site: www.escolasempartido.org.
A tarefa não é fácil, mas o ânimo e a dedicação desses pais de famÃlia no Brasil são notáveis, como se pode constatar na reportagem do “El PaÃsâ€. Em direção contrária, sindicatos de professores de orientação esquerdista estão exercendo pressão muito forte para que nada seja “despetetizadoâ€. Trata-se de uma árdua luta contra a “hegemonia†anticultural das esquerdas, e de um exemplo não apenas para o Brasil, mas para toda a América Latina.
Na educação, as esquerdas brasileiras fundamentam sua ação de deformação principalmente em dois pilares ideológicos: a ideologia marxista gramsciana e a chamada “Ideologia de Gêneroâ€, que ensina aos jovens e à s crianças a ideia de que eles podem escolher livremente seu gênero, independentemente do sexo masculino ou feminino.
       Segundo esses pais e mães, isso é algo oposto aos princÃpios cristãos, contunde o senso comum e contraria a ordem natural. Ademais, programas escolares que defendem a “Ideologia de Gêneroâ€, do ponto de vista jurÃdico “transgridem princÃpios constitucionaisâ€Â e acordos interamericanos de direitos humanos, os quais afirmam que “os pais têm o direito de que seus filhos recebam educação religiosa e moral de acordo com suas respectivas convicçõesâ€, esclarece Nagib.
          Esses pais e mães de famÃlia no Brasil vêm travando há anos uma luta moral e de princÃpios, mas os grandes meios de comunicação praticamente os ignoram. Pareceu-nos necessário contribuir para torná-los conhecidos também nos paÃses de lÃngua espanhola, bem como nas comunidades hispânicas dos Estados Unidos, onde existem movimentos semelhantes ao da “Escola Sem Partidoâ€, propiciando compartilhar assim as interessantes informações contidas nas reportagens do “El PaÃsâ€.
Links do “El PaÃs†(edição brasileira):
“A educação brasileira no centro de una guerra ideológicaâ€
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/22/politica/1466631380_123983.html
“O professor de minha filha comparou Che Guevara com São Francisco de Assisâ€
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/23/politica/1466654550_367696.html
“Católicos e evangélicos em cruzada contra a palavra gêneroâ€
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/11/politica/1434059650_940148.html
(*) Notas de “Destaque Internacional†— uma visão “politicamente incorreta†feita a partir da América do Sul. Documento de trabalho (11 de julho de 2016). Traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos.
(*) Paulo Roberto Campos é jornalista e colaborador da Abim
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)





