
        As tendências atuais que tratam sobre o desenvolvimento da linguagem, assinalam um caminho integrado, tanto em seus aspectos orgânicos como nos aspectos psicológicos, tanto formais como funcionais. Tende-se a recuperar o sujeito como um protagonista do ato da fala e se concebe seu desenvolvimento de forma unitária, de maneira que o desenvolvimento da linguagem não seja enfocado separadamente nem do social, nem do motor ou cognitiva.
        A aquisição da linguagem é especÃfica da espécie humana e uniforme na espécie humana, sendo que toda pessoa normal aprende uma lÃngua humana e nenhum outro animal. A aquisição da linguagem e a comunicação desenvolvem-se segundo etapas de ordem constante, ainda que o ritmo de progressão possa variar de um sujeito para outro, respeitando os limites individuais ou momentâneos de cada um. Entretanto, logo após o nascimento a criança utiliza de gritos, e gemidos que funciona apenas como comunicação e não como linguagem. Nessa fase da emissão sonora não tem conteúdo emocional, o que ocorre também com o choro. Além disso, o cérebro da criança ainda está imaturo. À medida que a criança cresce e passa a receber comando e estÃmulo dos adultos e do meio em que vive a mesma passa a balbuciar emitir sequência silábica que funciona como modelagem sobre a qual se estruturará a fala, que começa a partir dos 1º ano de vida.
          Segundo oliveira; “O fato é que, na prática, primeiro aparece a fonação que expressa a voz, depois aparece a fala que veicula a lÃngua sem qualquer noção semântica. Em seguida, o exercÃcio diário de fala vai estocando o código linguÃstico que é absorvido por um cérebro que tem um potencial inato para desenvolver uma linguagem que se funde com o pensamentoâ€. (OLIVEIRA p.99).
           Além da fala o ser humano se comunica através de gesto, sinais e da linguagem corporal. A ampliação de habilidades para comunicação verbal ocorre gradativamente por meios que envolvem a participação da criança em situação cotidiana, atividades lúdicas, com participação “em situações formais de uso da linguagem, como aquelas que envolvem a leitura de textos diversosâ€.
           Portanto, a linguagem oraldesenvolve-se na criança pela apropriação de um sistema linguÃstico não consciente, via exposição, sem que para tal necessite de um mecanismo formal de ensino. A mesma adquire-se e desenvolve-se através do uso.
         A fala, se realiza através de um processo de articulação e combinação de sons, é a produção da linguagem oral.
       A Linguagem escrita é a apropriação, por parte da criança / jovem, de um sistema linguÃstico gráfico, decorrente de uma aprendizagem.
        As crianças na escola entram simultaneamente em contato com a escrita e a leitura. Partindo desse princÃpio as Escolas deve desenvolver, com crianças a partir de 4 e 5 anos de idade, um projeto de introdução ao mundo da Escrita e da Leitura. O trabalho com a linguagem constitui um dos eixos básicos da Educação Infantil, dada sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, na orientação das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.
        Ao promovermos experiências significativas de aprendizagem da lÃngua, por meio de trabalho com a linguagem oral e escrita, propiciamos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades, associado à s quatro competências linguÃsticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.
Por isso, a importância do professor de educação infantil em ter uma ação educativa que contemple o processo de aprendizagem da criança. Pensando nesta perspectiva a atividade a seguir vem proporcionar qualidade ao desenvolvimento da linguagem oral e escrita, pois o professor estará oportunizando o dialogo e o intercambio de ideias, possibilitando a valorização dos aspectos formais da linguagem.
Referencias:
ALBUQUERQUE. V. A Nova Escola – Curitiba: bolsa nacional do livro, 2007. 172 p. : il.pb.: 20,5 x 27,5cm
 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil.  BrasÃlia: MEC/SEF. 1998.
 OLIVEIRA. Rui de. NeolinguÃstica e o desenvolvimento da linguagem- 1.ed.-Catanduva, SP: Editora Respel, 2000. p.422.
 VYGOTSKY, LS Formação Social da Mente, São Paulo: Martins Fontes 1984.
 Elizangela Pereira Martins, Izaura Tavares Nunes Martins






