PEQUENOS NEGÓCIOS
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Diretor-superintendente do Sebrae, José Guilherme Barbosa, defende que cenário de crise pode ser oportunidade para crescimento das cooperativas
Caroline Rodrigues
Cuiabá/MT – Capacitar e orientar o empresário reduz a inadimplência e torna o microcrédito um produto vantajoso para as cooperativas de crédito. Enquanto os bancos comerciais amargam até 9% de não pagamento das parcelas, as cooperativas de crédito de Santa Catarina conseguem uma taxa abaixo de 2%. A porcentagem foi alcançada após a aplicação do microcrédito orientado e ainda da parceria com o Sebrae, que atua junto ao empresário para a melhoria da gestão da empresa.
O modelo sulista foi apresentado para os gestores de cooperativas de Mato Grosso durante o Encontro Mato-grossense de Microfinanças, promovido pelo Sebrae hoje, em Cuiabá.
O diretor superintendente do Sebrae-MT, José Guilherme Barbosa, diz que a entidade tem uma série de soluções para o pequenos negócios e está preparada para atender o público e auxiliar os agentes financeiros de Mato Grosso.
Na avaliação dele, o cenário de crise pode ser uma oportunidade para as cooperativas ampliarem o atendimento, expandirem o número de postos e ainda fortalecerem e aumentar o número de cooperados.
Enquanto os bancos comerciais recuam, motivados pelo risco, as cooperativas podem oferecer serviços diversificados e atender o público, que hoje é pequeno, mas tem condições de se tornar grande.
Durante o evento, o superintende do Sebrae citou o crescimento do número de Microempreendedores Individuais como um reflexo da busca de alternativas por parte do povo brasileiro. Eles têm faturamento de até R$ 60 mil e na opinião de José Guilherme, precisam de pouco para melhorar o negócio e alcançar resultados positivos.
PERFIL MEI РO consultor credenciado pelo Sebrae, Carlos Alberto Santos, destacou o Microempreendedor Individual, que atualmente, o Brasil tem mais de cinco milh̵es de MEIs, dos quais 95 mil esṭo em Mato Grosso. Os dados ṣo do Portal do Empreendedor.
Estudos do Sebrae mostra que 40,6% dos MEIs trabalhavam com carteira assinada antes de se formalizar e 40,6% dedicavam-se exclusivamente a atividade, porém sem serem formalizados.
A pesquisa aponta ainda que 2/3 do total de formalizados já atua há mais de dois anos no negócio, sendo que 60% têm menos de 39 anos, ou seja, estão dentro da idade considerada produtiva.
Esses empresários declaram que um dos principais problemas enfrentados é o acesso ao crédito, que conforme Santos, é um dos pontos usados como incentivo para a formalização, tendo em vista que com a legalização, o MEI passa a ter CNPJ, emitir nota e assim, ter pontos positivos dentro de uma análise de crédito.
Ao buscar uma linha de crédito, 68,8% dos MEIs buscam bancos públicos, 22,40% procuram os bancos privados e apenas 5% as cooperativas. O restante recorre a outros meios, como parentes e agiotas.
Mesmo os bancos públicos sendo os mais procurados, eles não são os que mais oferecem crédito. O lÃder no ranking de concessão é a cooperativa. A cada três pessoas que apresentam uma proposta, duas são atendidas nas cooperativas de crédito.
O EVENTO – O Encontro Mato-grossense de Microfinanças é promovido pelo Sebrae-MT em parceria com o Sicredi e o Sicoob. As palestras e debates foi realizado no Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), no dia 24/06.
