Duas cenas não raras na paisagem cuiabana, como se fosse uma situação normalÃssima e sem nenhum risco – pais dirigindo com a criança no colo ou a própria criança ensanduichada, entre pai e mãe, em cima de uma motocicleta. Â
Imagem ilustrativa / web
 Sempre que flagro uma dessas cenas me dá um frio na barriga só de pensar nas estatÃsticas sobre mortes no trânsito, aqui no Brasil, e sinto que há alguma coisa errada com a gente.
 Pedestres e motociclistas são as maiores vÃtimas desta mortandade. Segundo dados do Mapa da Violência, entre as 43.256 mortes registradas no trânsito em 2011, em primeiro lugar estão as provocadas por acidentes envolvendo motocicletas (14.924), seguidas por atropelamentos (12.117). As mortes envolvendo automóveis somaram 12.481, transporte de cargas (1.573) e ônibus (252).
 Voltando a 2014, somando as mortes provocadas por acidentes de trânsito (43.075) com as provocadas por armas de fogo (44.861) são 87.936 mortes violentas a cada ano acontecendo no paÃs, sem que nada seja feito para por fim a esta situação.
 É muito mais barato comprar e manter uma moto popular do que gastar R$ 14,40 diários ou R$ 288 mensais (20 dias) em quatro viagens diárias de ônibus. Mesmo com as altas taxas de juros, fica mais em conta pagar 48 ou 60 prestações em uma moto e ter mobilidade do que se utilizar de um transporte ruim e moroso.
 Em Cuiabá e Várzea Grande, por exemplo, são mais de 150 mil motociclistas se movimentando diariamente em ambas as cidades, com seus vÃcios fatais, como ultrapassagem pelo lado direito e mau uso das rotatórias.