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EX-PRESIDENTE DO DETRAN DEIXA A SECRETARIA DE FINANÇAS DE SINOP

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                        Após vir a tona que teria firmado uma delação premiada com o MPE (Ministério Público Estadual (MPE), o secretário de finanças de Sinop, Teodoro Lopes, o Dóia, decidiu deixar o cargo nesta quinta-feira (8) a oficialização da saída do cargo será feita ainda nesta quinta-feira (8) em uma coletiva de imprensa no final da tarde. 

                    A delegação premiada de Dóia estaria sendo conduzida pela Delegacia Fazendária e pelo Ministério Público Estadual (MPE). Ele teria prestado depoimentos a dois delegados e três promotores de Justiça. 

Dóia presidiu o Detran no período de 2007 a 2013 e atuou como homem de confiança do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A suposta delação premiada atingiria diretamente o grupo político do ex-governadores Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB).

Fontes da Polícia Civil entendem que é necessário medir proteção policial ao ex-presidente do Detran para preservar sua integridade física. O Detran é uma das autarquias das mais importantes do Estado com arrecadação diária de R$ 1 milhão.

Nos depoimentos, Dóia já teria admitido um esquema de recebimento de propina da empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda., responsável pelo registro de financiamentos de contratos de veículos, necessário para o primeiro emplacamento. Com base em uma portaria do Detran-MT, de 2009, a empresa cobrava uma taxa que variava entre R$ 170,00 a R$ 400,00.

A FDL ficava com 90% do valor arrecadado, repassando apenas 10% aos cofres da autarquia. O suposto esquema renderia algo em torno de R$ 1 milhão mensais.

O dinheiro era sacado em uma agência do Banco do Brasil, no Distrito Industrial, em Cuiabá. O Ministério Público Estadual já teria pedido a quebra do sigilo e das movimentações da conta da empresa, e todos os registros de saques na agência.

No próprio local, o dinheiro já seria pulverizado para outros emissários – um do Palácio Paiaguás, e outro assessor da Assembleia Legislativa. Outra informação é que Dóia teria admitido ter comprado dois apartamentos em Cuiabá, com dinheiro proveniente do esquema. Os depósitos das compras teriam sido feitos na conta de um parente do dono da construtora, com sede na Capital.

Além do suposto esquema com a empresa FDL, Dóia já teria admitido outras operações ilegais, relacionadas à cobrança de lacre de emplacamento, que era de R$ 20,00. O contrato com a empresa que prestava serviço foi suspenso no início deste ano.

Fonte: folha max