FIOCRUZ ALERTA:  Mato Grosso mantém a tendência de aumento do covid

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    Estado continua registrando umas as maiores taxas de incidência e de mortes por covid-19 de todo o Brasil.

             Registrando uma das mais elevadas taxas de incidência e de mortalidade por covid-19 do país, Mato Grosso deve manter tendência de crescimento de óbitos pela doença nas próximas semanas. É o que mostra o boletim semanal do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado nesta sexta-feira (18.06) e que traz análises referentes às semanas epidemiológicas 22 e 23 que correspondem a de 30 de maio a 12 de junho de 2021.

                 No documento, os pesquisadores enfatizam o alerta alerta para as regiões Sul e Centro-Oeste como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado com a chegada do inverno, que é acompanhado pela maior incidência de outras doenças respiratórias nessas duas regiões. Nesse momento, Cuiabá é uma das três capitais (junto a São Paulo e Manaus) que mais apresentaram crescimento nas taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).

               Os casos de SRAG atualmente no país são predominantemente por infecção do vírus Sars-CoV-2 (novo coronavírus) e são casos graves que demandam hospitalização e/ou levam a óbito. Como a ocupação de leitos em geral nos estados e capitais permanece alta, os pesquisadores destacam que são necessárias ações para redução de novos casos de SRAG em prazo mais longo.

              Mato Grosso, por exemplo, teve a mudança mais expressiva na taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados exclusivamente para o atendimento de pacientes com covid-19. Da semana epidemiológica 21 para a 23, essa taxa aumentou de 87% para 93%. Nesta sexta-feira (18.06), conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), a taxa de ocupação voltou a ficar abaixo de 80%, registrando 78,35% de ocupação e 121 leitos disponíveis em todo o estado.

    “Terceira onda”

    A Fiocruz tem ao longo das últimas semanas criticado o uso do termo “terceira onda” como forma de designar um novo recrudescimento da pandemia no Brasil. Com um platô considerado elevado, portanto, uma estabilização no número de novos casos confirmados da doença com índices altos, não é possível estabelecer a entrada ou a saída de qualquer onda.

    “Nas últimas semanas forjou-se o termo ‘onda’ para definir o comportamento da série histórica. Controverso, este termo carrega em si o pressuposto de que passamos por fases claramente distintas de ocorrência de casos e óbitos. Semana após semana, cria-se a expectativa de que podemos iniciar a temida terceira onda, abandonando a ideia de que ainda temos um quadro crítico, como se tivéssemos, para entrar na terceira onda, saído da segunda”, alertam.

     

    Da redação / Com pnbonline