
CAMILA MOLINA
Assessoria/PJC-MT
             Golpes antigos aplicados de maneiras diferentes, normalmente aliados ao uso de novas tecnologias, continuam fazendo vÃtimas em várias localidades.  De acordo com a Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá no ano de 2014 foram 817 casos registrados na Capital e em 2015, já são 222 ocorrências entre os meses de janeiro a março.
Está cada dia mais difÃcil encontrar alguém que não tenha sido vÃtima de um estelionatário, ou pelo menos não tenha passado por uma tentativa de golpe. O número de pessoas lesadas pode ser ainda maior, uma vez que muitas vÃtimas, por vergonha da situação, acabam não procurando a PolÃcia para fazer o registro da ocorrência.
Em um dos casos investigados pela Delegacia de Estelionato de Cuiabá, uma mulher que se dizia proprietária de uma Imobiliária, fez mais de 80 vÃtimas na Capital, entre os meses de outubro de 2014 a março de 2015. A estelionatária, junto a um comparsa, que se passava por gerente habitacional da Caixa Econômica Federal, vendia lotes em diferentes pontos da cidade.
O valor da entrada do terreno variava entre R$ 2,5 mil a R$ 8 mil dependendo da localização do terreno. Na entrega do valor, as vÃtimas assinavam contrato com a suposta imobiliária e só depois descobriam que caÃram em um golpe.
O delegado, José Carlos Damian, explicou que todos os dias novos golpes surgem na praça, mas grande parte das vezes são contos antigos que retornam com nova roupagem. A prova disso é que os golpes mais registrados pela unidade são o do “envelope vazioâ€, “cartão clonadoâ€, “fraude na venda de passagens aéreasâ€, “carro estragado ou bença tiaâ€, “código de barrasâ€, “prêmios via telefoneâ€, “pecúlioâ€, “bilhete premiadoâ€, e aplicação de cheques clonados, fraudados, furtados.
“Os golpes são antigos, mas muitas pessoas continuam sendo vÃtimas. Entre os motivos está o fato de que o perfil do estelionatário mudou, ficando claro que além de terem da boa conversa, os golpistas são pessoas instruÃdas e com alto Ãndice de conhecimento no setor que atuam e também na utilização de tecnologia para cometer os crimesâ€, disse.
Damian explicou que a lei frágil, que tem um pena máxima de 5 anos, mesmo para quem tenha aplicado golpes que causaram grandes prejuÃzos as vÃtimas, encoraja a ação dos golpistas, que muitas vezes cometem os crimes de dentro do próprio presÃdio. “Além da pena pequena, a lei oferece facilidades por ser um crime que não utiliza de violência, o que acaba encorajando a ação dos criminosos nessa áreaâ€, destacou.
Para o delegado, apesar de qualquer pessoa e até mesmo empresas poderem ser vÃtimas da ação de estelionatários, os idosos são os mais suscetÃveis, por serem mais inocentes e geralmente ter dinheiro guardado, além de não possuir conhecimento das inúmeras possibilidades criadas pelas novas tecnologias.
“A maioria das vÃtimas de estelionato possui uma dessas duas caracterÃsticas a ingenuidade ou a ambição. Antes de tomar qualquer decisão é preciso prestar atenção aos detalhes e procurar informações sobre a situação que está acontecendoâ€, destacou o delegado.
Entre as dicas para não cair em golpes estão, sempre desconfiar quando uma oferta é muito vantajosa, oferecendo um valor em dinheiro muito alto de maneira muito fácil e sempre checar informações de telefones, e-mails, cartas, que propõe negócios que envolvam grandes quantias em dinheiro.
PolÃcia Judiciária Civil de Mato Grosso







