Governo federal se une a estados para reduzir emissão de gases do efeito estufa

                       Para estreitar a parceria com os estados nas políticas de redução das emissões de gases do efeito estufa, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) apresentou o Sistema de Registro Nacional de Emissões (Sirene). A ferramenta deve ampliar o conhecimento científico e a adoção de medidas de mitigação.

                 No ciclo de palestras realizado em Salvador (BA), secretários e representantes de seis estados do Nordeste conheceram algumas opções de redução de gases nos setores de transportes e energia.

                Segundo a analista da Coordenação-Geral de Mudanças Globais de Clima (CGMC) do MCTIC, Renata Grisoli, antes de se pensar em qualquer opção de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, é preciso identificar o perfil de emissões. “A ideia é de que os estados e municípios possam, a partir do Sirene, pensar em políticas locais”, disse.

          O professor Bruno Borba, do Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense, apresentou o cenário de emissões no setor de transportes e as inovações que vêm sendo introduzidas.

            As mesmas abordagens foram apresentadas para setor de produção de energia pela pesquisadora Mariana Império, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). “Foi uma troca muito boa. A gente consegue passar um pouco do que a gente sabe, e eles trazem sua experiência”, avaliou.

Para o coordenador técnico do Projeto Opções de Mitigação, desenvolvido pelo MCTIC em parceria com o Pnuma, Régis Rathmann, os ciclos de palestras são uma iniciativa de diálogo. “O estado é um parceiro muito importante para a implementação das opções de mitigação. Não basta o governo federal levar a cabo a implementação dessas ações porque, em grande medida, a implementação prática para alguns setores passa pelos Estados, como o setor de resíduos, que é de atribuição estadual e municipal”, analisou Rathmann.

Para a diretora do projeto, Moema Correa, o encontro permitiu o conhecimento das experiências dos estados e municípios do Nordeste. “Acho que a gente abriu canais para contatos posteriores, para fazer uma articulação relativa às questões de inventário e às questões de mitigação.”

Até o final do ano, o último Ciclo de Palestras “Rumo a uma Economia de Baixo Carbono: Opções Setoriais de Redução de Emissões” vai passar por Manaus (AM), onde o MCTIC pretende reunir representantes de todos os estados da Região Norte.

Fonte: Portal Brasil, com informações do MCTIC