
Zequinha Marinho, presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), enxerga ministérios atuando em prol da insegurança jurídica no campo

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou cerca de 30 invasões de propriedades rurais somente em 2025, conforme levantamento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
De acordo com o presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Congresso, o senador Zequinha Marinho, um setor que traz ao Brasil tanto retorno financeiro, com exportações, geração de renda e empregos, como o agronegócio, não pode ficar vulnerável, refém de ações que gerem insegurança jurídica.
Por conta disso, a bancada se reuniu, na última quarta-feira (9), em audiência pública, para cobrar do governo federal um posicionamento contrário às ações empreendidas pelo MST.
“É muito importante que o governo tome providências. Se tiver que fazer reforma agrária, que se compre terra e que se assente e não [se atue] da forma como se trabalha [com invasões de terra]. Isso é é inaceitável. Precisamos rever conceitos, pontos de vista, rever a questão ideológica, porque eu não entendo porque ter que invadir terra para poder, então, comprar essa terra e repassar aos futuros colonos. Não há necessidade para isso. O governo tem toda a condição de fazer isso [a reforma agrária] tranquilamente, de forma planejada, de uma maneira que não haja conflito e nem tampouco a insegurança jurídica que está provocando neste momento”, considera o senador.
Já o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud ressalta que, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, não se tinham invasões de terra e a legislação era a mesma. “No governo do presidente Lula, por questões ideológicas, o MST, de certa forma é um braço do Partido dos Trabalhadores ou tem uma representação, acompanhando, muitas vezes, o presidente em algumas viagens, mostra que eles [o MST] estão muito à vontade. Isso mostra a leniência do governo.”
Proposta da FPA
O senador Zequinha Marinho conta que a CRA está trabalhando para priorizar projetos de lei voltados à restrição de benefícios sociais a quem participar de invasões de terra, como a suspenção do pagamento do Bolsa Família, por exemplo.







