“Chegou o tão aguardado dia. Certamente não imaginávamos uma cerimônia telepresencial para nossa posse, mas isso não retira a importância desse momento na vida de cada um”. Foi assim que a juíza Simone Trovão iniciou o seu discurso de posse na solenidade virtual realizada na sexta (30). A magistrada representou os 13 novos membros da magistratura da Justiça do Trabalho mato-grossense.
A juíza destacou os desafios que serão enfrentados pelos novos magistrados em um mundo cada vez mais virtual, em razão da pandemia da covid-19. “Novos tempos também exigem novas posturas, além de julgador, o magistrado aprendeu a ser conciliador, mediador, gestor e agora tecnológico. São 13 trajetórias que reuniram o espírito de renúncia e conquista. Pessoas comuns dispostas a servir o Estado. Uma trajetória que traz a máscara e o álcool em gel como ferramentas de trabalho”.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente em exercício do Tribunal, desembargador Paulo Barrionuevo. Ele saudou os novos juízes com uma mensagem de esperança. “Que os novos tempos possam representar momentos de felicidade, paz e muita saúde”.
Ingressaram no quadro de juízes substitutos cinco magistrados removidos dos TRTs da 8ª Região (PA/AP) e da 14ª Região (RO/AC) e oito oriundos do concurso nacional unificado. São eles, conforme lista de antiguidade: Simone Trovão, Felipe Albuquerque, Jesse Cenci, Fábio Luiz Pacheco, Elizângela Dower, Tayanne Mantovaneli, Fabricio Veloso, Kleberton Cracco, Silvia Daher, Camila Zambrano, Andreia Raubust, Andre Hirata e Aline Oss.
A posse no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT) ocorreu simultaneamente a outros 21 tribunais. Antes das cerimônias regionais, o CSJT realizou a solenidade de abertura das cerimônias telepresenciais. No total, foram empossados 60 juízes aprovados no I Concurso Nacional Unificado da Magistratura do Trabalho e 106 juízes inscritos no Procedimento de Remoção.
A presidente do TST e CSJT, ministra Maria Cristina Peduzzi, lembrou os desafios enfrentados na concepção e na condução dos trabalhos.“O que estamos a concluir hoje é exemplo de que podemos fazer muito ao promover uma gestão baseada na busca do consenso, da eficiência e do interesse público. Conseguimos fazer acordos com todos os atores que figuraram nesse amplo processo”, ressaltou.
Posse
O evento contou com a participação de magistrados, advogados, servidores, familiares e amigos dos empossados. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, participou do evento e parabenizou os novos magistrados. “Hoje é um dia de comemoração. Sintam-se felizes por fazer parte de um dos TRTs que é referência em todo país. Um Tribunal pioneiro que presta a efetiva justiça social”, destacou.
Em nome dos demais juízes do Tribunal, o presidente da Amatra 23, juiz André Molina, deu boas-vindas aos novos colegas de toga. “Representando os associados da nossa instituição, eu saúdo os recém-empossados, que escolheram o TRT 23 como sua nova casa. Vocês estão ingressando em uma instituição com excepcional ambiente de trabalho, que tem uma estrutura física invejável, uma administração cooperativa e comprometida e um quadro de magistrados e servidores do mais alto gabarito técnico, elevado padrão ético e redobrado cuidado com a coisa pública”, salientou.
A desembargadora Eliney Veloso prestigiou a solenidade e disse que a data podia ser considerada um dia histórico para a Justiça do Trabalho, fruto do concurso nacional unificado, projeto que a magistrada considera exitoso, inusitado, audaz e inovador. “Vocês hoje bebem no cálice do triunfo de um trabalho incansável do CSJT e toda equipe de gestão orçamentária, que foram ampliando gradativamente os cargos de juízes substitutos até que atingissem a nomeação dos aprovados no certame”.
O desembargador Tarcísio Valente, por sua vez, relembrou que o concurso nacional teve suas primeiras discussões no ano de 2013. “Foi numa reunião do Coleprecor dessa época, em que eu era presidente do TRT que nós aprovamos a criação do concurso nacional. Desejo a vocês e a todos nós um futuro promissor, em que possamos nos abraçar e comemorar a justiça e celebrar a vida”.
(Fabyola Coutinho)
