
“É o sentimento de indignação e o sentimento de busca de uma saÃda para o Brasil que, eu acredito, encherão as ruas do Brasil no próximo dia 13 de marçoâ€, diz Aécio.
       O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, lideranças da oposição e de grupos dissidentes da base do governo federal reuniram-se, nesta terça-feira (1º de março), em BrasÃlia, com representantes dos movimentos sociais que organizam as manifestações marcadas para 13 de março em todo paÃs. Foi o primeiro encontro realizado no Congresso para definir a integração dos partidos nos atos de protesto contra o governo e os escândalos de corrupção. Os senadores e deputados foram convidados pelos coordenadores a participarem das manifestações.
       “Esse movimento é organizado por setores da sociedade e por movimentos legÃtimos da sociedade. Não vamos nos omitir. O PSDB e os demais partidos de oposição estarão convocando os brasileiros para que possam ir à s ruas no próximo dia 13 de março e dar um basta definitivo a isso que vem acontecendo no Brasil. A presença dos brasileiros nas ruas certamente pode abreviar o sofrimento de tantos com o desemprego, com o alto endividamento, com a inflação sem controle e, principalmente, com a falta de esperançaâ€, afirmou o senador Aécio Neves, em entrevista, após o encontro.
Os movimentos sociais representados por Jailton Almeida (Vem pra Rua), Carla Zambelli (Nas Ruas), Rubens Nunes (Movimento Brasil Livre), e Renan Santos (Movimento Brasil Livre) apresentaram aos presidentes de partidos as principais reivindicações de seus integrantes por mudanças na economia, na polÃtica e por maior participação da sociedade na definição da ação do Congresso Nacional.
“Há hoje uma constatação no conjunto da sociedade brasileira de que, com a presidente Dilma, o Brasil não iniciará um processo de recuperação econômica e, obviamente, em decorrência dela também, de melhoria dos nossos indicadores sociais. Esse é um fato. Não fomos nós que construÃmos isso. Foi a presidente que construiu isso, com as mentiras durante a campanha eleitoral, com a absoluta falta de limites com que o seu partido agiu no governo ao longo desses últimos anos, e pelos equÃvocos gravÃssimos que cometeu ao longo do seu governo. É o sentimento de indignação e o sentimento de busca de uma saÃda para o Brasil que, eu acredito, encherão as ruas do Brasil no próximo dia 13 de marçoâ€, afirmou Aécio Neves.
Troca de ministro da Justiça
O presidente nacional do PSDB destacou a troca de comando no Ministério da Justiça, decidida pela presidente Dilma a pedido do PT. Aécio frisou que os partidos de oposição e a sociedade não aceitarão qualquer tipo de intervenção polÃtica ou do PT nas investigações em curso pela PolÃcia Federal na Operação Lava Jato. A mudança no ministério foi decidida após a prisão pela PolÃcia Federal do publicitário João Santana, responsável pelas campanhas de Lula, em 2006, e da presidente Dilma em 2010 e 2014. As investigações apontam para crimes graves de Caixa 2 nas campanhas do PT e para pagamentos ilÃcitos.
“É uma preocupação enorme em todos nós da oposição, mas não apenas da oposição partidária, e sim de toda a sociedade brasileira, em relação à forma como se dá a saÃda do ministro da Justiça. Isso é grave. É preciso que estejamos muito atentos para que essa nomeação não signifique uma tentativa nefasta e antirrepublicana de interferência nas nossas instituições, em especial na PolÃcia Federalâ€, disse Aécio Neves.
O senador fez questão de manifestar apoio dos partidos de oposição à independência do Judiciário e à autonomia da PolÃcia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), responsáveis pelas investigações dos esquemas de corrupção que envolvem os principais nomes do PT.
“Quero reiterar, como presidente do PSDB, a nossa absoluta confiança na independência, na qualidade da PolÃcia Federal e na força das nossas instituições, que não haverão de se submeter a interesses de governo. Essas são instituições – e a PolÃcia Federal se incorpora a elas – de Estado. O Ministério Público, o Poder Judiciário e a PolÃcia Federal continuarão a fazer o seu trabalho, por mais que esses sinais apontem em uma tentativa na direção opostaâ€, ressaltou Aécio Neves.





