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Ministério Público do Estado do Mato Grosso inicia investigação contra 10 deputados

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KAMILA ARRUDA 
Diário de Cuiabá

 AL-MT

                    O Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria do Patrimônio Público, já iniciou as investigações para identificar quais os deputados estaduais que também utilizaram a verba de suprimentos para desviar dinheiro da Assembleia Legislativa. 

                As suspeitas são de que ao menos dez parlamentares da legislatura passada estariam envolvidos no esquema. Juntos, eles teriam desviado cerca de R$ 10 milhões dos cofres da Casa de Leis. 

                    As investigações estão sendo coordenadas pelo promotor Roberto Turin. A suposta fraude na utilização do benefício por parte de outros deputados foi identificada por meio de depoimentos colhidos pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) durante a primeira fase da Operação Metástase. 

                 Além disso, documentos apreendidos comprovariam o envolvimento de outros parlamentares. Todo o material foi encaminhado ao Patrimônio Público para verificação. 

                Conforme o Gaeco, cerca de R$ 2,7 milhões foram desviados dos cofres do Legislativo por meio de fraude no pagamento da verba de suplemento nos anos de 2011 a 2014. 

                  O esquema foi instalado no âmbito da presidência da Casa de Leis. Neste período, o Parlamento era comandado pelo então deputado estadual José Riva (PSD). 

                   Ele foi identificado por meio dos documentos apreendidos pela Justiça Federal no gabinete da presidência da Casa de Leis durante a deflagração de uma das fases da Operação Ararath. 

                 O fato resultou na prisão de 22 pessoas, sendo dois empresários e 20 servidores do Parlamento durante a “Era Riva”. Todos tiveram a prisão temporária decretada pela juíza Selma Rosane de Arruda, responsável pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Eles foram liberados após prestarem depoimento junto ao Gaeco. 

                     Por meio de tal medida, o Gaeco pode identificar os líderes do esquema criminoso e deflagrou a segunda fase da Operação denominada Célula Mãe. 

                    Trata-se do ex-deputado Riva e dos ex-servidores Maria Helena Caramelo e Geraldo Lauro, que chegaram a ser presos durante a primeira fase. 

               Vale ressaltar que, a Operação Metástase em suas duas fases diz respeito apenas ao esquema instalado na presidência da Casa de Leis. A denúncia criminal foi apresentada à Justiça na semana passada. 

                  Turin aguarda a conclusão da auditoria por parte da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado para concluir o inquérito civil no qual os envolvidos também devem responder por improbidade administrativa. 

Estes relatórios também ajudarão a identificar quais os outros parlamentares que também se utilizaram da verba de suprimento para desviar dinheiro, bem como o valor exato que foi desviado. 

As instituições foram acionadas para fazer uma devassa nos pagamentos do benefício durante os anos de 2011 a 2014, justamente devido à suspeita do envolvimento de outros deputados estaduais. O relatório deve ser entregue no início do próximo mês.Â