
Por CLÊNIA GORETHÂ

Consta na denúncia, que o deputado estadual teve a mesma participação de Alan Maluf na organização criminosa. Ele é acusado de integrar o núcleo de liderança da organização, sendo beneficiário direto de parcela da propina arrecadada, além de se valer das influências polÃticas proporcionadas pelo cargo eletivo para promover as articulações necessárias para o desenvolvimento dos esquemas criminosos voltados para solicitação e recebimento de propinas.
Conforme o MPE, o núcleo de liderança da organização tinha ainda a participação do ex-secretário de Estado de Educação, PermÃnio Pinto Filho. Segundo o MPE, foi Alan Maluf que articulou junto ao ex-secretário de Educação a inserção de Giovani Belatto Guizaardi, pessoa de sua confiança com quem guarda parentesco, na condição de operador de cobrança e recebimento de vantagens ilÃcitas relacionadas a obras públicas da Seduc, garantindo assim o pleno controle sobre as atividades ilÃcitas do grupo delituoso.
“Foram as tratativas coordenadas de Alan Maluf e de Guilherme Maluf que garantiram a ‘circusncrição’ sobre o cargo de superintendente de Acompanhamento e Monitoramento da Estrutura Escolar – posto estratégico dentro da Seduc que garante o mecanismo de pressão sobre os empreiteiros para pagamento da propina, bem como de controle sobre tais pagamentos – em relação à s nomeações tanto de Wander Luiz dos Reis quanto de Moises Dias da Silvaâ€, diz a denúncia.
SOMBRA: Segundo o Ministério Público, as investigações demonstram que PermÃnio Pinto Filho, Alan Maluf e Guilherme Maluf se mantinham “nas sombrasâ€, comandando e agindo por pessoas interpostas que se encontravam nas demais camadas da organização.Â
“As investigações demonstram que Giovani Belatto Guizardi é o “testa de ferro†dos aludidos servidores públicos, bem como de Alan Maluf e de Guilherme Maluf, é a pessoa quem faz o trabalho sujo a fim de ocultar a identidade dos verdadeiros solicitantes / recebedores da propinaâ€, acrescentou.
Conforme o MPE, a organização era composta pelos núcleos de lideranças, agentes públicos, operações e de empresários. Todos os integrantes do grupo já foram denunciados e já respondem a ações penais.
Na denúncia oferecida nesta terça-feira pelo NACO, além do deputado Guilherme Maluf, também foi denunciado o seu segurança por embaraçamento de investigação, Milton Flávio de Brito Arruda. Segundo o MPE, após a deflagração da primeira fase da operação Rêmora, a fim de garantir que Giovani Belatto Guizardi não revelasse sua atuação aos investigadores, Guilherme Maluf buscou intimidá-lo, utilizando-se para tanto, o seu segurança que é agente penitenciário do Serviço de Operações Especiais e que, a época do fato, estava cedido à Assembleia Legislativa.







