
Total de US$ 18,2 milhões foi depositado em 1994, quantia que equivale a US$ 90,2 milhões em 2016
         O governador Pedro Taques vai à BrasÃlia, nesta quinta-feira (01.09), em busca de recuperar para o Estado de Mato Grosso o montante de R$ 352 milhões. Os recursos são referentes à caução depositada pelo Estado à União no valor de US$ 18,2 milhões (US$ 90,2 milhões em valores atualizados), em 1994, referentes ao montante da dÃvida externa do Estado à época.
           Naquele ano, o PaÃs aderiu ao plano de reestruturação da dÃvida externa, elaborado pelo secretário de Tesouro dos Estados Unidos da América, Nicholhas F. Brady. Essa reestruturação passou pela emissão de tÃtulos da dÃvida pública, denominados “bradiesâ€, os quais contemplavam abatimento do encargo da dÃvida por meio da redução do principal ou pelo alÃvio nos juros.
          A União solicitou, então, aos Estados e aos municÃpios a garantia em forma de caução. Por isso, Mato Grosso fez o depósito dos US$ 18,2 milhões. Mas, além do depósito, o Estado também apresentou outras garantias, como o Imposto de Renda descontado direto da fonte do servidor, a parcela no Fundo de Participação dos Estados e as receitas próprias.
          A cobrança do Estado ocorre porque em 2006 a União procedeu ao resgate antecipado dos tÃtulos emitidos. Com isso, o Governo entende que a dÃvida internacional não mais existe, ou seja, resta apenas o resgate da caução com a União.
           Atualmente a dÃvida continua sendo garantida pela caução originária, Imposto de Rende retido na fonte, Fundo de Participação dos Estados (FPE) e pelo AuxÃlio de Fomento à s Exportações (FEX). Com todas essas formas de garantia de pagamento do montante da dÃvida, o Governo de Mato Grosso tentou a liberação dos R$ 352 milhões de forma parcelada, entre os meses de janeiro de 2016 e abril de 2024, mas não obteve sucesso.
“Essa dÃvida tem mais de uma garantia e precisamos liberar esses recursos para Mato Grosso. Nós ajuizamos uma ação e tentamos buscar administrativamente esse dinheiroâ€, disse o governador Pedro Taques, na manhã desta quinta-feira.
Na Justiça, o Estado destaca que não é razoável que um contrato tenta tantas garantias, por isso pede a liberação dos recursos depositados em 1994.







