
Segundo o advogado da propriedade, Vanderson Pauli, até o momento, a retirada está sendo pacÃfica. “Conseguimos cinco caminhões para transporte de mudanças. Algumas acampados estão indo para residências em Itaúba e Sinop. Outros devem permanecer provisoriamente em uma área que pertence à prefeitura local, localizada no perÃmetro urbano. Até agora está tudo tranquilo. O oficial de justiça conseguiu dar cumprimento ao mandadoâ€, explicou, ao Só NotÃcias.
A reintegração deve durar cerca de 48 horas. “Foram feitas denúncias no Ministério Público referentes ao modo como seria feita a reintegração de posse. Estamos filmando a retirada para mostrar que tudo ocorre na normalidade. São mais de 80 famÃlias. Posterior ao cumprimento da liminar, vamos arrumar as porteiras e cercas que foram destruÃdas e iniciar a derrubada de aproximadamente 180 ‘barracos’â€.
A fazenda estava ocupada pelo MST desde setembro. A liminar determinando a reintegração de posse foi expedida pelo juiz da Vara Única de Itaúba no inÃcio de novembro. O magistrado levou em consideração o laudo de vistoria, emitido em dezembro de 2014, da comissão formada por representantes do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que se manifestou “veementemente contrária à desapropriação do imóvelâ€. Os relatos de funcionários e do proprietário também foram analisados.
Consta na ação, que os empregados da fazenda (arrendada), foram impedidos de entrar no local após a ocupação do MST. Antes, os sem terras, que estavam à s margens da BR-163 desde o ano passado, teriam, conforme a denúncia, destruÃdo as cercas, retirado os palanques e construÃdo edificações no interior da área para criação de pequenos animais. Com a situação, o fazendeiro alegou que o arrendatário foi obrigado a confinar o rebanho de mais de mil cabeças de gado em pouco mais de 250 hectares aos fundos da fazenda. Ele também reclamou que estava sem usufruir totalmente da área de pastagem, eis que se encontrava impossibilitado de adentrar no local ou acessar o gado do arrendatário.
Os acampados pretendem se mudar para uma área a cerca de 170 quilômetros de Itaúba.Â
(fotos: divulgação)
  